Caminhada em Fortaleza busca conscientizar sobre o autismo neste sábado, 2
A ação também ocorre em outras capitais do Brasil em alusão ao Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo. Na Capital cearense, o ato sai do antigo Boteco Praia até as instalações do Programa Praia Acessível, na Praia de Iracema
17:17 | Mar. 29, 2022
O Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo é celebrado Dois de abril é celebrado no próximo dia 2 de abril, e a data tem por objetivo difundir informações para a população sobre o autismo e assim reduzir a discriminação e o preconceito contra as pessoas afetadas pelo Transtorno do Espectro Autista (TEA). Como parte das ações desse dia, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-CE organiza em Fortaleza uma "Caminhada de Conscientização sobre o Autismo" para este sábado, 2, a partir das 8 horas.
A ação também ocorre em outras capitais do Brasil, e na Capital cearense o ato sai do do antigo Boteco Praia e segue até as instalações do Programa Praia Acessível, na Praia de Iracema. A caminhada deve durar cerca de quatro horas, com previsão de término às 12 horas. O evento é aberto a todo tipo de público.
De acordo com Fabiana Farah, secretária geral da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB-CE, a caminhada já conta com o apoio de algumas empresas, universidades, artistas e advogados da Capital.
“O alcance que queremos é nacional, uma vez que várias associações, institutos e pessoas ligadas ao tema estarão fazendo eventos neste mesmo dia em todo o País. Eu sou mãe de uma pessoa com uma doença rara associada ao autismo e percebo ainda muita desinformação das pessoas com relação ao TEA. Muitas demonstram medo e rejeição, mas certamente está diretamente ligada à falta de informação”, contou Fabiana.
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Ela ressalta que as ações do sábado são para educar as pessoas a compreenderem os comportamentos de pessoas de com TEA. Fabiana Farah lamenta o preconceito existente em nossa sociedade. Por isso, convoca todos que tenham interesse em entender o universo do TEA a participar das ações educativas.
“A sociedade não está capacitada para incluir o autista. Em qualquer ambiente, escola, shopping, trabalho, hospital, repartição pública, não se encontra com facilidade alguém que esteja capacitado a lidar. Vemos isso facilmente numa situação de crise de um autista em ambiente público, onde as pessoas se afastam ao invés de tentar auxiliar. Isso é falta de informação e de capacitação”, disse.
Transtornos do Espectro Autista
Os transtornos do espectro autista aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam aos 5 anos. As pessoas afetadas com o problema frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
O nível intelectual varia muito de um caso para outro, desde deterioração profunda a casos com altas habilidades cognitivas, conforme o Ministério da Saúde. Embora algumas pessoas com TEA possam viver de forma independente, existem outras com deficiências severas que precisam de atenção e apoio constante ao longo de suas vidas.
As intervenções psicossociais baseadas em evidências, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social e ter um impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com algum grau de autismo e seus cuidadores. As ações voltadas para pessoas com TEA devem ser acompanhadas de atitudes e medidas amplas que garantam que os ambientes físicos e sociais sejam acessíveis, inclusivos e acolhedores.
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