Praça Luíza Távora reúne diversidade de grupos aos domingos
Local é uma opção de lazer segura e agradável para skatistas, fãs de kpop, cosplay, crianças, pets e frequentadores da feirinha. Por outro lado, o vagão de trem antigo que funcionava como espaço cultural segue desativadoDomingo, fim de tarde, e o céu sem nuvens quase sempre convida a um passeio tranquilo, afinal a segunda-feira é de trabalho e estudo para muita gente. Quem mora na Aldeota tem como boa opção a Praça Luíza Távora — também chamada de Pracinha da Ceart —, local que abriga a Central de Artesanato do Ceará. No entanto, de tempos em tempos a praça se enche de gente vinda de diversos bairros em busca de uma programação diversificada.
Onde mais se encontraria ao ar livre um grupo de jovens fantasiados de seus personagens favoritos de animes, quadrinhos e filmes (os chamados cosplayers), grupos dançando coreografias vindas da Coreia do Sul (kpop), cães vestindo roupinhas personalizadas e famílias inteiras se deliciando com iguarias e comprando itens de comerciantes locais?
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Crica e Letícia Carneiro, 51 e 23 anos, mãe e filha, passeavam pela praça e elogiaram o passeio. “A gente acaba comprando uma coisa e outra na feirinha, porque tem muita coisa linda”, se derrete Crica. Já Letícia experimentou o sentimento de nostalgia ao rever os grupos de cosplay dos quais ela participava quando era adolescente. "Encontrar o pessoal na praça é o lazer de muita gente e a chance de conversar, ver os amigos”, enumera.
O POVO esteve na praça neste domingo e viu que o espaço pulsa vitalidade e oferece estrutura boa para quem deseja aproveitar o restinho do fim de semana. Mesmo com uma boa quantidade de pessoas (em grande parte atraídas pela realização da Auê, feira que acontece esporadicamente na praça), o espaço estava organizado e contava com policiamento da Polícia Militar, que estava na guarita fixa.
As crianças maiores e os adolescentes perderam o espaço para as pedaladas e os passeios de skate e patinete por conta da feirinha, mas os pequenos tinham assegurado lugar da brinquedopraça, reservada para os de 3 a 12 anos e equipada com piso anti-impacto, assim como brinquedos infantis em bom estado de conservação.
O ponto negativo foi a falta de atividade do vagão de trem antigo, que era um espaço cultural e biblioteca para crianças, e estava desativado. O POVO entrou em contato com as assessorias da Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor) e foi informada que o equipamento não era de responsabilidade de nenhum dos órgãos.
Segundo o Diário Oficial do Estado de 08 de junho de 2021, que tratava da permissão de interessados para uso do trem (que tinha a especificação de uso potencial a comercialização de alimentos e bebidas, serviço cultural, orientação e apoio aos visitantes e espaço da minibiblioteca), ele é propriedade da Secretaria da Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS). A assessoria da SPS respondeu que só poderia responder sobre a situação atual do vagão na segunda-feira, 14.