Jardim das Oliveiras é alvo de operação contra o mosquito que causa chikungunya, zika e dengue

Mais de 140 agentes de endemias trabalham no bairro com objetivo de visitar 30 mil imóveis e verificar se há foco do Aedes aegypti

14:10 | Fev. 28, 2022

Por: Danrley Pascoal
Campanha da Prefeitura de Fortaleza promove ações educativas contra o combate do Aedes aegypti (Foto: Agente de endemia fiscalizando recipiente com foco de Campanha da Prefeitura de Fortaleza promove ações educativas contra o combate do Aedes aegypti) (foto: Divulgação/Ascom SMS Fortaleza)

A Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) iniciou nesta segunda-feira, 28, uma ação educativa no bairro Jardim das Oliveiras, a qual visa promover entre os moradores o combate ao Aedes aegypti. A medida objetiva evitar surtos de dengue, zika e, principalmente, chikungunya na região.

O coordenador de Vigilância em Saúde, Nélio Morais, falou sobre o trabalho realizado pelos agentes de endemias da SMS e ressaltou que a campanha acontece numa região identificada como vulnerável, propícia para a proliferação do mosquito e de doenças como chikungunya, dengue e zika.

“A SMS adotou medida de concentrar esforços no estilo mutirão no bairro Jardim das Oliveiras com 146 agentes de endemias fazendo um um controle vocal. Um porta a porta adentrando a essas residências, identificando focos principalmente em tambores em depósitos servíveis e inservíveis, pequenos depósitos, baldes entre eles, copos descartáveis, caixa d'água e motores de piscinas”, detalhou Nélio.

De acordo com o coordenador de Vigilância em Saúde, o bairro vive um cenário o qual realmente preocupa. A atuação dos agentes de endemia têm sido fundamental para que em um prazo de quatro dias exista a possibilidade de 30 mil imóveis dessa região da Cidade sejam atendidos.

Índices de infestação do Aedes aegypti

Apesar das notificações serem consideradas baixas, Nélio Morais alerta para dois aspectos fundamentais que chamam muito a atenção. O primeiro é o Levantamento de Índice Rápido Amostral para Aedes aegypti (LIRAa), os dados de Fortaleza apontam para um índice de infestação de 2,5%.

“É um índice na realidade que preocupa, é um índice de ameaça, de riscos, de possibilidades da instalação de um processo epidêmico caso não sejam realmente adotadas as medidas concretas”, explicou.

O outro cenário preocupante citado é a identificação de áreas extremamente vulneráveis com presença e relato de pessoas enfermas com suspeitas de alguma das doenças causadas pelo mosquito. Com maior concentração de casos de chikungunya.

“Tem uma concentração apontada para bairros que vão do Luciano Cavalcante da regional II, Jardim das Oliveiras, Parque Manibura e Cidade dos Funcionários, sendo uma concentração maior no Jardim das Oliveiras, onde, de 39 pessoas enfermas, 20 foram identificadas com Chikungunya”.

 

Prevenção e sintomas das doenças causadas pelo Aedes aegypti


Ainda não existe vacina ou medicamentos contra as doenças causadas pelo Aedes aegypti. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros.

Usar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos também é recomendado. Repelentes e inseticidas podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção para aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos).