Carnaval 2022: Rua dos Tabajaras concentra foliões de eventos privados

A Rua dos Tabajaras, na Praia de Iracema, recebeu movimento intenso neste domingo, 27, a partir das 17h30min. Foliões com adereços de Carnaval faziam filas para entrar em eventos privados e dançavam marchinhas na via
Autor Luiza Ester
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Foliões de Carnaval dançavam marchinhas na Rua dos Tabajaras, na Praia de Iracema, neste domingo, 27, a partir das 17h30min. Eles esperavam em filas para entrar em eventos privados de casas noturnas, como Jamrock e Ritmo Urbano. A reportagem registrou um movimento intenso na tradicional via festiva, diferente do que foi visto mais cedo, quando clubes e restaurantes da região ainda estavam fechados.

No lugar, era possível observar pessoas com adereços de Carnaval, purpurinas e até fantasias. Por lá, havia mais pessoas com máscaras — medida de proteção contra a Covid-19 — do que na faixa de areia e no calçadão da Praia de Iracema, onde o O POVO também registrou movimentação intensa durante a tarde e começo da noite deste domingo, 27.

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Enquanto na faixa de areia o “clima” parecia de um domingo comum na Capital, a Rua dos Tabajaras concentrava uma certa áurea carnavalesca — embora tímida.

A arquiteta Carolina Girão, 27, estava na fila para entrar na casa Jamrock. Apaixonada pela festividade, ela comenta sobre a saudade do tradicional Carnaval de rua da Cidade, que não acontece pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia. “O Carnaval é saudoso. Não tá existindo Carnaval, porque Carnaval bom é Carnaval de rua. Não tá tendo Carnaval de rua, então a gente tá tentando ir para um privativo na intenção de ter um Carnaval de novo. Carnaval, hoje em dia, é sinônimo de saudade. É uma forma de tentar tirar um pouco dessa saudade”.

Decretos do Governo do Estado do Ceará permitem a realização de eventos privados, com ocupação reduzida, distanciamento, uso de máscaras e conferência do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19. Sobre a segurança nesses lugares, em relação à pandemia, Carolina afirma: “Tem algumas medidas mais restritivas, a própria quantidade de ingressos é bem mais rígida. Talvez você se sinta um pouquinho mais protegida, mas isso não é muito Carnaval, porque Carnaval é na rua, todo mundo junto e aglomeração”.

Ambulantes na Rua dos Tabajaras

Quando a movimentação ainda era tímida na Rua dos Tabajaras, durante a tarde deste domingo, 27, uma vendedora ambulante que não quis ser identificada relatou ao O POVO: “Representando os ambulantes da rua dos Tabajaras, a gente não pode trabalhar de maneira alguma. A gente quer trabalhar, mas eles não deixam. A polícia vem com gás de pimenta, expulsa o pai de família e não o deixa trabalhar. As casas estão superlotadas, a fiscalização entra e sai, e fica tudo numa boa. Já a gente, que vende aqui fora, não pode vender nada, somos expulsos como vagabundos”.

A fiscalização durante o período carnavalesco no local tem sido realizada pela Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), por volta de 21 horas, segundo a ambulante, horário que os clubes e restaurantes já estão em funcionamento. Os ambulantes da localidade chegaram a entrar com um protocolo para atuarem no comércio de rua, junto à Prefeitura de Fortaleza, mas relataram que “o processo não anda burocraticamente”.

Colaborou Marília Serpa/Especial para O POVO

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