Festas escolares e eventos privados sustentam venda de artigos de Carnaval em Fortaleza
Fantasias infantis de heróis e acessórios para cabelo são os itens mais procurados pelos clientes das lojas do Centro de Fortaleza. Festa oficial não vai acontecer no CearáNo segundo ano sem Carnaval oficial, a lembrança de ir ao Centro de Fortaleza comprar glitter, confete e serpentina para curtir festas na rua parece distante para muitos. Sem ponto facultativo e sem programação de eventos públicos em 2022, a venda de artigos carnavalescos está voltada a festas escolares, eventos privados e decoração de empresas. Lojistas relatam movimento fraco, mas ainda têm esperança que até o dia 26, sábado de Carnaval, as vendas aumentem.
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Os chapéus de bruxa, adereços de cabelo e plumas foram expostos na frente da loja Freitas Varejo, localizada na rua General Sampaio, o gerente Maxvendell Braga aponta que poucas pessoas se interessam em levar os itens. “A venda tá fraca. O pessoal olha, bota na cabeça, solta e vai embora”, diz Maxvendell.
Na rua Castro e Silva, conhecida pelas lojas de artigos para festa, o movimento era tímido na manhã desta segunda-feira, 21. No entanto, segundo Maria de Jesus e Santos, gerente da JP Festas, as vendas estão melhorando desde sábado. Ela conta que as festas em casa e nos colégios são responsáveis pela venda de mais fantasias infantis, principalmente de Homem-Aranha, Minnie e Mulher-Maravilha.
A empresária Ranna Katy Silva, 30, buscava justamente uma fantasia do Homem-Aranha para o filho de 2 anos. Nascida durante a pandemia, a criança terá o primeiro contato com o Carnaval. “Ele não sabe o que é Carnaval”, lamenta a mãe. A escola na qual ele estuda, então, adaptou as festas para o momento. “Vai ser só na sala, nem vai ter essas aglomerações não”, diz Ranna.
Já Edsandra Rodrigues, 43, cabeleireira, foi ao Centro comprar confetes e serpentinas para o aniversário da cunhada, que aproveitou a coincidência da data com o domingo de Carnaval para fazer uma festa temática. Mesmo assim, o momento será reservado apenas para a família.
Comprando sombrinhas de frevo para fazer a decoração da empresa em que trabalham, Glaice Alves, 34, e Kauane Ferreira, 20, também aproveitaram a ida às lojas do Centro para procurar itens individuais para curtir o Carnaval. “Estamos olhando, mas para comemorar na medida do possível”, diz Glaice sobre o cuidado com as festas privadas. Kauane também afirmou que iria comprar apenas adereços de cabelo para fazer a festa “em casa com a família mesmo”.
Apesar das vendas para decoração de lojas e empresas, a vendedora da loja Renata Festas, Rosália Fernandes, afirma que as vendas estão fracas quando comparadas ao período antes da pandemia. “A gente se preparava mesmo, o período era esperado”, diz a comerciante. Mesmo assim, ela acredita ser positivo não haver o ponto facultativo. “É até bom porque se der feriado, vão fazer bagunça e grande.”
Ercélio Júnior, gestor da loja Baby Festa comemora o movimento de fevereiro e espera que até o fim de semana mais pessoas procurem o local para comprar fantasias de herói e acessórios, itens mais vendidos. “A gente tá precisando, janeiro foi muito fraco para a rua [Castro e Silva].”