Suspeito de enviar carro-bomba à Assembleia é transferido de SP para o Ceará

Diego da Silva Araújo, o "Dino", estava preso desde maio do ano passado em São Paulo e é acusado de chefiar organização criminosa em Fortaleza. Tentativa de atentado ao prédio público foi em 2016

Depois de nove meses preso em São Paulo, homem suspeito de chefiar organização criminosa no Ceará foi transferido para Fortaleza nesta quarta-feira, 2. Paulo Diego da Silva Araújo, o "Dino", foi transportado em voo particular sob escolta da Polícia Civil do Ceará (PC-CE). Ele estava preso desde maio de 2021, quando foi encontrado pela Polícia no município de Salto, no interior de São Paulo, a 120 quilômetros da capital. A captura ocorreu durante operação especial da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do Ceará.

Segundo a PC-CE, o suspeito é investigado por integrar uma organização criminosa com atuação no narcotráfico, além de arquitetar ações criminosas contra o patrimônio público e privado no Ceará. Ele é acusado de plantar explosivos nas proximidades da Assembleia Legislativa em 2016. A PC-CE não informou se Dino cumprirá cárcere no presídio de segurança máxima do Estado, localizado em Aquiraz. Até ser preso, o homem integrava o Programa Estadual de Recompensas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS). A pasta oferecia R$ 7 mil pelo paradeiro dele.

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De acordo com o delegado Klever Farias, titular da Draco, as investigações em torno de Dino se iniciaram ainda em 2019, quando foi deflagrada a operação “Aditum” – que em latim significa acesso. “O suspeito inicialmente não era alvo nessa operação, porém, com o andamento das investigações, foi possível perceber o intenso trabalho dele dentro do grupo criminoso. Identificamos que ele era o responsável por determinar o cometimento de diversos crimes como homicídios e atentados”, explicou o delegado.

Segundo a PC-CE, o suspeito já responde a nove procedimentos policiais pelos crimes de roubo, roubo de carga, crime contra a fé pública, direção criminosa, furto qualificado, estelionato e por integrar uma organização criminosa. O homem também já foi condenado por tráfico internacional de drogas e é considerado chefe de uma organização criminosa com atuação em Fortaleza.

Ele também teria planejado ataques a prédios públicos no Ceará. Um dos crimes envolve um carro-bomba que foi deixado próximo à Assembleia Legislativa, em 2016.

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