Suspeito de enviar carro-bomba à Assembleia é transferido de SP para o Ceará

Diego da Silva Araújo, o "Dino", estava preso desde maio do ano passado em São Paulo e é acusado de chefiar organização criminosa em Fortaleza. Tentativa de atentado ao prédio público foi em 2016

00:02 | Fev. 03, 2022

Por: Luciano Cesário
Dino é acusado de arquitetar atentado a bomba à Assembleia Legislativa do Ceará em 2016 (foto: Aurelio Alves)

Depois de nove meses preso em São Paulo, homem suspeito de chefiar organização criminosa no Ceará foi transferido para Fortaleza nesta quarta-feira, 2. Paulo Diego da Silva Araújo, o "Dino", foi transportado em voo particular sob escolta da Polícia Civil do Ceará (PC-CE). Ele estava preso desde maio de 2021, quando foi encontrado pela Polícia no município de Salto, no interior de São Paulo, a 120 quilômetros da capital. A captura ocorreu durante operação especial da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas (Draco) do Ceará.

Segundo a PC-CE, o suspeito é investigado por integrar uma organização criminosa com atuação no narcotráfico, além de arquitetar ações criminosas contra o patrimônio público e privado no Ceará. Ele é acusado de plantar explosivos nas proximidades da Assembleia Legislativa em 2016. A PC-CE não informou se Dino cumprirá cárcere no presídio de segurança máxima do Estado, localizado em Aquiraz. Até ser preso, o homem integrava o Programa Estadual de Recompensas da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (SSPDS). A pasta oferecia R$ 7 mil pelo paradeiro dele.

De acordo com o delegado Klever Farias, titular da Draco, as investigações em torno de Dino se iniciaram ainda em 2019, quando foi deflagrada a operação “Aditum” – que em latim significa acesso. “O suspeito inicialmente não era alvo nessa operação, porém, com o andamento das investigações, foi possível perceber o intenso trabalho dele dentro do grupo criminoso. Identificamos que ele era o responsável por determinar o cometimento de diversos crimes como homicídios e atentados”, explicou o delegado.

Segundo a PC-CE, o suspeito já responde a nove procedimentos policiais pelos crimes de roubo, roubo de carga, crime contra a fé pública, direção criminosa, furto qualificado, estelionato e por integrar uma organização criminosa. O homem também já foi condenado por tráfico internacional de drogas e é considerado chefe de uma organização criminosa com atuação em Fortaleza.

Ele também teria planejado ataques a prédios públicos no Ceará. Um dos crimes envolve um carro-bomba que foi deixado próximo à Assembleia Legislativa, em 2016.

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