Fortaleza registra 1.203 viagens no app 99 com destino à Delegacia da Mulher
O acumulado é referente ao ano de 2020 e 2021. Cerca de 78 cidades brasileiras registraram pelo menos uma solicitação com destino a delegacias da MulherO aplicativo 99 registrou, entre 2020 e 2021, um aumento de 42% no volume de corridas com destino a endereços próximos às Delegacias de Mulheres do País, onde são feitas denúncias de violência doméstica. Segundo a empresa, dentro da plataforma são disponibilizados vouchers, que podem ser usados pelo público feminino para denunciar as agressões. Durante o período analisado, Rio de Janeiro e São Paulo foram as capitais que mais registraram viagens. Em Fortaleza, foram contabilizados um total de 1.203 viagens.
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Os dados são um comparativo entre abril até julho dos dois anos. De acordo com a empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana, das 78 cidades brasileiras que registraram pelo menos uma solicitação com destino a delegacias de mulheres, 18 são capitais, seis são da região Nordeste e quatro da região Sudeste. Norte e Centro-Oeste registram três capitais cada uma e o Sul aparece com duas.
“Independentemente de onde tenha ocorrido a violência, seja em casa, no trabalho ou em uma corrida por aplicativo, a mulher pode e deve solicitar apoio usando o aplicativo da 99. Nós entendemos que é nosso papel apoiar ações para acolher as vítimas e dar um basta neste ciclo de dor e agressão”, explica Livia Pozzi, diretora de Operações e Produtos da 99.
O serviço de vouchers foi adotado em 2020. A ideia surgiu após o crescimento dos números de agressões a mulheres por conta do isolamento social provocado pela Covid-19.
A ação é uma parceria com o projeto Justiceiras. A plataforma disponibiliza um canal direto no aplicativo, de forma online e gratuita, o que estimulou uma média de três mulheres por dia a procurarem as voluntárias do grupo para denunciarem abusos e agressões.
Perfil das vítimas
O projeto Justiceiras aponta um perfil de mulheres que procuraram o grupo neste ano, via aplicativo da 99 e fora da plataforma. Sete entre 10 mulheres são pardas, indígenas ou negras. Das que possuem emprego, 90% recebem um salário mínimo, mas 50% sequer possuem trabalho, o que dificulta a busca por ajuda, uma vez que são financeiramente dependentes dos companheiros.
A parceria registrou até o mês de setembro de 2021 mil pedidos de apoio via aplicativo da 99. Em 84% dos casos, os agressores são maridos ou ex-maridos. Neste cenário, sem privacidade, 45% moram com o agressor e 24% são vigiadas pelo celular.
Sem acesso, muitas sequer fazem denúncias. Das que procuraram as voluntárias este ano, 48% foram para o primeiro pedido de ajuda.
Investimento
Para oferecer segurança para as usuárias antes, durante e depois das corridas, a 99 investiu em inteligências artificiais que identificam passageiras que estão em situações de maior risco e direciona a chamada para um motorista parceiro melhor avaliado ou motorista mulher.
Além disso, conta com um rastreador de comentários que analisam palavras e contextos relacionados a assédio para banir agressores e direcionar as vítimas para acolhimento e suporte.
A plataforma também disponibiliza a opção de compartilhar a rota para contatos de confiança; monitoramento de corrida em tempo real via GPS; câmeras de segurança; gravação de áudio; botão de ligação para a polícia e uma Central de Segurança disponível 24 horas, sete dias por semana, que realiza atendimento humanizado.
Para as motoristas parceiras, que hoje representam 5% da base de condutores da plataforma, a empresa lançou o 99Mulher. A ferramenta permite receber chamadas apenas de passageiras, que são cerca de 60% da base de usuários da empresa, incentivando a atividade entre as mulheres.
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