Sintomas gripais: fila por atendimento na UPA do Itaperi dura mais de seis horas

Outro problema descrito foi a falta de termômetros para a aferição da temperatura. ISGH), responsável pela gestão de parte das UPAs, disse que toma medida para otimizar atendimento

Alguns pacientes relataram demora no atendimento da Unidades de Pronto Atendimento (UPA) do Itaperi nessa segunda, 3. Sobrecarregada com pessoas que apresentavam sintomas gripais, o equipamento teve tempo de espera na fila de cerca de seis horas pela alta demanda. 

Um morador do José Walter, que não quis se identificar, apresentou sintomas gripais e resolveu procurar a UPA do bairro. O estudante relatou uma verdadeira peleja para conseguir atendimento. Chegou à unidade às 14 horas, mas não conseguiu atendimento e, para realizar a consulta médica, foi até a UPA do Itaperi. No local, ele esperou aproximadamente seis horas para receber atendimento.

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“Cheguei lá umas 15 horas, e tinha gente que tinha chegado às 8 horas e não tinha sido atendido. Fui atendido às 21 horas com a pulseira amarela. Tava tendo confusão porque tinha muita 'peixada' lá dentro, tinha gente que não tinha nem pulseira, falava com alguém lá de dentro e já entrava”, disse.



O jovem ressaltou ainda que o local estava com superlotação e longa espera inclusive para idosos. Outro problema descrito foi a falta de termômetros para a aferição da temperatura: “Quando eu cheguei pra ele ver minha temperatura não tinha mais termômetro. Como é que um hospital em meio a uma crise gripal não tem o básico de um termômetro? Tinha uma senhora de idade que há horas estava esperando e nada de ser atendida”, falou.

O estudante também relatou que ouviu de funcionários que, para ser prioridade, ou seja, receber a pulseira laranja, precisava "ficar com a cara de quase morrendo". A frase segundo o rapaz, foi dita por um dos enfermeiros da UPA.

“O médico nem olha para a gente, passa milhões de remédios, nem sequer avalia, não aplica uma injeção e manda embora. Tanto na do José Walter quanto na do Itapery eram apenas dois médicos. Todo mundo estava lá com os mesmos sintomas gripais”, conclui. 

O que diz os órgãos responsáveis pela gestão das UPAs

Em nota, o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), responsável pela gestão de parte das UPAs do Ceará, diz que os problemas acontecem pelo o aumento na demanda de atendimento de casos de síndrome gripal e ressalta que a situação não é particularidade do Estado, é observada em unidades públicas e privadas de todo o País.

O ISGH informou ter conhecimento da situação e diz que medidas para diminuir o tempo de espera já foram tomadas. Dentre as ações, estão a otimização e reforço nas equipes e processos de admissão e triagem dos pacientes.

"Esclarecemos que buscamos otimizar o atendimento médico, mesmo com o aumento da demanda nos últimos dias atrelada ao período de sazonalidade, para acolher a todos os pacientes que procuram nossas unidades de saúde", explicou.

A Secretaria Municipal da Saúde de Fortaleza (SMS) informou estar otimizando o atendimento médico, para melhor acolher a todos os pacientes que procuram as unidades de saúde da Rede Municipal. "A SMS esclarece que as unidades prestam serviço de porta-aberta voltados para atendimento adulto e infantil", acrescenta.

Com relação à UPA do Itaeri, o órgão disse que nesta terça-feira, 4, a mesma está atuando com seis médicos no atendimento à população. A questão da falta de termômetro relatada pela fonte não foi respondida. (Colaborou Luciano Cesário)

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