"Não dava para ficar em casa", diz homem que precisou se abrigar na casa de parentes por causa da fumaça em Fortaleza
A fumaça dura mais de 14 horas, após o início das chamas
11:59 | Nov. 18, 2021
O incêndio que atinge a área de vegetação no Cocó, desde a quarta-feira, 17, impactou a vida de moradores de diversos bairros da redondezas. Com o fogo, uma enorme quantidade de fumaça se espalhou por diversos locais na Capital cearense. A fumaça dura mais de 14 horas, após o início das chamas. Com grande dificuldade para respirar no entorno do local, moradores buscam se abrigar na casa de parentes que moram distante da área do incêndio e da fumaça.
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"A gente foi dormir em casa de parente, por causa de toda essa fumaça. O vento estava muito forte ontem de noite, e ajudou a espalhar a fumaça. Não dava para ficar em casa. Nós saímos daqui umas 21h da noite. Hoje está até mais tranquilo! Ontem não se via nada, eu não sei como não ocorreu nenhum acidente", disse Sebastião Cabral, morador do Alto da Balança, em conversa ao O POVO.
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A sensação de choque e desamparo é sentida por muitos moradores no entorno. Segundo Luciano Souza, também morador do bairro Alto da Balança, a fumaça está atrapalhado as pessoas de diversas formas, e pondo em risco a saúde de muita gente: "Eu cheguei aqui às 7 horas. A situação está feia. As pessoas não têm cuidado com o parque [Cocó]. Essa fumaça tem atrapalhado demais, isso mata a gente! Isso é o fim da vida. Teve pessoas que não conseguiram nem passar [pela cortina de fumaça]", relata.
Francisco Lopes precisou se locomover de bicicleta entre a fumaça para comprar alimentos. "Eu passei de manhã aqui, e quase não consegui atravessar". O morador do bairro Pio XII conta que a fumaça atingiu mais as áreas como a do bairro Lagamar e bairro de Fátima. "Na Aerolândia, meu Deus, uma pessoa na minha idade com 78 anos, que tiver algum problema saúde, vai precisar sair de casa", lamenta.