Imagens de câmeras serão usadas para identificar homem que teria espalhado fogo no Cocó

Investigação analisará imagens das câmeras de segurança instaladas nas avenidas Raul Barbosa e na Murilo Borges, onde um homem teria espalhado os focos de incêndio

19:11 | Nov. 18, 2021

Por: Demitri Túlio
Bombeiros tentam debelar focos de incêndio no Parque do Cocó, na quinta-feira, 18 de novembro (foto: FABIO LIMA)

Foram pelo menos 22 horas de trabalho de 40 bombeiros militares do Ceará e dezenas de brigadistas para conseguir debelar o fogo que atingiu uma área de cerca de 20 hectares do Parque Estadual do Cocó, na área da Aerolândia e entorno. Na sexta-feira pela manhã, equipes da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), da Perícia Forense (Pefoce) e do Batalhão de Polícia do Meio Ambiente (BPMA) estarão no “rescaldo da queimada” para começar a investigar o que de fato ocorreu.

Uma fonte ouvida pelo O POVO, e que estava entre os militares que combatiam o incêndio, afirma que 12 focos de incêndio não são "normais'' em uma ocorrência que teria causas ligadas às altas temperaturas de novembro e à vegetação seca. Um foco de fogo não pula de uma margem para outra do rio”, explicam.

A orientação das fontes para o secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, para o gerente da Unidade de Conservação, Paulo Lira, é que a Pefoce investigue o arquivo das câmeras de segurança localizadas na Raul Barbosa e, principalmente, na avenida Murilo Borges.

Uma apuração preliminar apontaria que "um homem teria espalhado o fogo ao longo da avenida Murilo Borges". As fontes também sinalizam que, próximo ao local atingido pelo incêndio, fica o quartel do BPMA e que na área militar – responsável pela fiscalização da Unidade de Conservação – há câmeras de monitoramento de segurança.

Na tarde de ontem, o governador Camilo Santana divulgou em suas redes sociais que havia pedido uma rigorosa apuração sobre as causas do ocorrido na Unidade de Conservação.