Polícia frustra duplo homicídio de mulheres espancadas durante quatro horas

Criminosos acreditavam que as vítimas passavam informações para a facção rival

18:34 | Nov. 12, 2021

Por: Jéssika Sisnando

Dois homens foram presos em flagrante nessa quinta-feira, 11, por manter duas mulheres, de 21 e 18 anos de idade, respectivamente, em cárcere privado. Elas estava dentro de uma casa amarradas no bairro Santa Maria, em Messejana. José Otávio Alves Maciel, de 21 anos, e José Ferreira da Rocha, 22 anos, seriam integrantes do Comando Vermelho (CV) e teriam arrebatado as vítimas por volta das 7 horas e as mantiveram em cárcere até às 11 horas, sob espancamento.

Os policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar ouviram os gritos, foram até o local e flagraram as vítimas amarradas. A dupla de criminosos fugiu, mas houve cerco e eles foram presos em seguida. A casa onde elas foram encontradas era usada pelos faccionados para ações criminosas.

Os faccionados aguardavam uma arma de fogo para matar as duas vítimas. A Polícia impediu o duplo-homicídio e acionou o Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu) para socorrê-las. Uma delas estava com o braço quebrado. As duas apresentavam diversas lesões.

Sobre a motivação, os criminosos afirmaram à Polícia que as vítimas moravam no bairro há cinco dias e decidiram executá-las por entender que as jovens estavam passado informações para a facção rival, a Guardiões do Estado (GDE).

Por meio de alguns áudios de mensagens de WhatsApp, os policiais identificaram que uma das vítimas teria familiares no residencial Luis Gonzaga e no Conjunto Santa Filomena, que são áreas predominantes da GDE.

Foram registrados dois homicídios no bairro Santa Maria e os dois presos atribuíam a responsabilidade das execuções as duas vítimas, pois elas teriam repassado informações para que as mortes acontecessem.

Uma delas foi decretada pelo Comando Vermelho (CV) e a companheira dela, quando soube do fato, procurou membros da facção para conversar e tentar reverter a situação, mas foram arrebatadas, mantidas em cárcere privado e torturadas até a chegada da PMCE. A ação foi da equipe de motopatrulhamento com a equipe da Força Tática e a viatura do tenente Júnior.