Justiça mantém prisão de PM preso por tentativa de homicídio na Praia do Futuro
Soldado teria atirado contra um casal, atingindo o homem nas costas. Crime ocorreu um dia após a vítima ter sido ameaçada por um colombianoUm soldado da Polícia Militar (PM) foi preso suspeito de uma tentativa de homicídio contra um casal, ocorrida na noite dessa segunda-feira, 18, no bairro Praia do Futuro. Uma composição do Comando de Policiamento de Rondas de Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio) realizou a prisão em flagrante após receberem denúncia de denúncia de disparos de arma de fogo e capturarem-no durante perseguição.
Nesta quinta-feira, 21, audiência de custódia converteu o flagrante de Jonas Deyweson Vieira da Costa em prisão preventiva. Conforme informado na decisão da audiência de custódia, o crime ocorreu no momento em que o casal caminhava pela avenida Clóvis Arrais Maia. O soldado, então, teria se aproximado das vítimas e passado a atirar com uma pistola, que não é a mesma arma fornecida pela PM, ainda que ele também tivesse em posse desta.
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Um dos disparos atingiu as costas do homem, que foi encaminhado ao Hospital Geral de Fortaleza (HGF) para cirurgia de remoção do projétil. Mesmo baleado, ainda conforme a decisão, o PM teria perseguido o homem, atirando mais vezes. A mulher alvo dos disparos não foi ferida.
A decisão também salienta que Jonas estava trafegando em uma moto cuja placa estava coberta por uma rede de elástico, "provavelmente com o intuito de dificultar a identificação do veículo em que transitava". A peça judicial ainda cita que o homem baleado teria sido ameaçado por um colombiano, não identificado, um dia antes do crime.
Para justificar a prisão, a juíza Adriana da Cruz Dantas ainda menciona o depoimento de uma das vítimas, que disse estar "com muito medo" e que "teme por sua vida caso o policial militar seja solto".
"Essas circunstâncias revelam a periculosidade do flagranteado, sua índole violenta e seu desajuste comportamental, sendo possível conceber que, solto, poderá voltar a ter atitudes socialmente perigosas e colocar em risco a vida e a integridade física das vítimas, tornando-se imperiosa a custódia preventiva, com vistas a acautelar o meio social e assegurar a ordem pública", escreveu na decisão a juíza.
Em nota, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) informou que Jonas foi conduzido ao presídio militar. A secretaria também informou que um inquérito foi instaurado pela Delegacia de Assuntos Internos (DAI) para apurar os fatos e a motivação dos crimes. Também foi aberto um procedimento disciplinar na seara administrativa.
O POVO tentou contato com a defesa do militar na tarde desta quinta-feira, mas não conseguiu localizá-la. Um pedido de liberdade provisória já foi impetrado e aguarda apreciação.