Mês de outubro será de destaque a pautas sustentáveis em Fortaleza

Capital cearense participa pela primeira vez do Outubro Urbano, iniciativa da ONU que eleva o debate sustentável; temáticas incluem habitação, mobilidade e planejamento metropolitano

A busca pelo desenvolvimento sustentável tem sido pauta constante entre os gestores públicos, privados e entre grandes lideranças mundiais. Durante este mês, a cidade de Fortaleza passa a debater o assunto de maneira mais próxima, já que Capital participa, pela primeira vez, do Outubro Urbano.

A iniciativa é uma campanha global da Organização das Nações Unidas (ONU) que sensibiliza diversos setores sociais a focarem, durante 31 dias, no desenvolvimento de estratégias para a promoção de um crescimento urbano mais inclusivo, justo e sustentável.

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Larissa Menescal, servidora do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), arquiteta e organizadora do Outubro Urbano Fortaleza, destaca alguns dos assuntos que serão abordados na iniciativa. "As temáticas são voltadas ao desenvolvimento urbano sustentável, como a questão do planejamento metropolitano e a crise climática, que abordam problemas que vão além do limite municipal. Também trazemos o tema das habitações, mobilidade e cidades saudáveis", comenta.

A programação do evento, em Fortaleza, envolve uma série de atividades a serem desenvolvidas ao longo do mês. De forma virtual, serão realizados seis webinários, que serão utilizados como espaço de debate das questões apresentadas. Já de forma híbrida, serão propostos concursos e oficinas de quadrinhos. Por fim, para atividades presenciais, estão previstas ações como uma bicicleata, uma oficina de desenhos e um percurso a pé pela cidade.

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Questionado sobre a realização de ações práticas para a população durante o Outubro Urbano, o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, explica que esse tipo de ação já vem sendo realizada pela Prefeitura ao longo dos últimos anos. "A Prefeitura vem implementando essa agenda urbana relacionada à sustentabilidade e resiliência, mobilidade urbana, habitação e saneamento básico ao longo dos últimos oito anos. O Fortaleza 2040, que é o planejamento de longo prazo da cidade aponta para a construção de uma cidade sustentável e resiliente", destaca.

De acordo com o vice-prefeito de Fortaleza, o momento é importante para que o assunto do desenvolvimento sustentável seja debatido em todas as esferas sociais. Para Élcio, é fundamental que se tenha uma linguagem clara, para que as informações sejam acessíveis a toda população. "É importante que se utilize muito bem da comunicação, para que possamos traduzir esses grandes desafios em uma linguagem que seja acessível a todos, que alcance os interesses dos cidadãos e as necessidades de Fortaleza", explica.

Pedro Esdras, diretor de planejamento do Iplanfor, explica que as mudanças urbanas na cidade demandam um certo tempo. Mas que iniciativas como o Outubro Urbano levam o debate para o meio social. "A importância do evento é promover o debate, levar conhecimento ao público através da experiência dos participantes, a fim de despertar na população essa percepção do que são boas práticas que a gente deseja ver na nossa cidade", relata.

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Percepção da cidade

Hiarlay Araújo, 32, analista de sistemas, caminhava acompanhado de sua esposa durante a manhã desta terça-feira, 5, na Praça das Flores, no bairro Aldeota. Indagado sobre a sua percepção de medidas sustentáveis na cidade de Fortaleza, ele conta ter visto avanços. "Fortaleza vem evoluindo bastante nesse contexto de sustentabilidade. Começamos a ver avanços como pontos de coleta que você pode trocar por desconto na sua conta de energia. Vemos, também, o incentivo ao uso de transportes alternativos, com muitas ciclofaixas e ciclovias", relata.

Laiana Costa, 31, engenheira de alimentos, acredita que a cidade também passa por avanços nas causas sustentáveis, mas que precisa difundir mais essa ideia entre a população. "Enxergo algumas atitudes, mas elas não ganham tanta amplitude. Reconheço que existe evolução em muitos pontos, mas falta isso para melhorar, difundir como em alguns países que tem isso enraizado na população, independente de classe social", comenta.

Cláudia Gomes, 45, trabalha como recepcionista e usa a bicicleta para se locomover. Ela é mais uma que acredita que as ideias sustentáveis ainda precisam ganhar mais visibilidade. "Podemos fazer mais coisas, mas estamos evoluindo. Daqui um tempo, vai ter ainda mais gente andando de bicicleta. Se tivesse mais gente incentivando e ensinando pessoas a andarem de bicicleta, essa cultura aumentaria mais, nunca é tarde", finaliza.

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