Professor vítima de latrocínio foi atraído por adolescente para local do crime

No dia do crime, 24 de setembro, conforme a Polícia, o suspeito convidou o professor para uma residência já premeditando o crime

O professor Marcos Aurélio Marques, 49, encontrado morto no dia 25 de setembro em um matagal, foi atraído para o local onde seria morto por um adolescente que ele conheceu em uma festa. Essa é a conclusão das investigações da Polícia Civil, que informou que Marcos trocou mensagens com o jovem, que acabou o convidando para uma residência. Lá, ele foi amordaçado, obrigado a passar senhas de cartões e, de acordo com depoimento dos suspeitos, o professor teria reagido. As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta terça, 5.

A Polícia Civil prendeu dois homens e apreendeu dois adolescentes em duas operações, que ocorreram nessa segunda-feira, 4, e na última sexta-feira, 1º. Antônio Alves dos Santos Neto, 27, e Antônio Igor Alves da Silva, 26, foram os primeiros suspeitos identificados nas investigações. A dupla já era investigada por outro homicídio na região da Granja Portugal, e o mandado de prisão, que rendeu a prisão de Antônio Neto na sexta-feira, 1º, é referente a esse outro caso. O homem já tem passagens por tráfico de drogas e roubo.

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Com o celular da vítima, que já tinha sido comercializado em um site, foi possível comprovar a participação de Antônio Neto. Os demais suspeitos foram capturados ontem, com a evolução das investigações, segundo o delegado Rodrigo Jataí, titular da 2º Delegacia de Polícia. Os adolescentes também já tinham passagens por atos infracionais. 

No dia do crime, Marcos teria saído de casa, no bairro Bom Jardim, para jogar vôlei, e não chegou à quadra. Os conhecidos do professor estranharam a ausência, pois o educador era muito assíduo e costumava publicar todas as ações nas redes sociais. Ele não voltou para casa e, então, as pessoas começaram a se mobilizar para encontrá-lo.

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Como o crime aconteceu

De acordo com a Polícia, Marcos conheceu anteriormente um dos adolescentes apreendidos na operação em uma festa e, na ocasião, os dois trocaram contatos. No dia do crime, 24 de setembro, o suspeito convidou o professor para uma residência. "Adolescente já premeditou subtrair os pertences da vítima mediante violência. Ele pediu que os outros suspeitos aguardassem no banheiro da casa a chegada da vítima", ressaltou o delegado Rodrigo Jataí, titular da 2º Delegacia de Polícia.

O professor, então, foi amordaçado por cerca de duas horas e obrigado a passar as senhas dos cartões de crédito e débito. De acordo com a investigação, os suspeitos levaram R$ 2.070, e a morte violenta teria sido motivada pela reação da vítima. "Eles resolveram estrangular a vítima e matá-la. Colocaram a vítima no carro e abandonaram em um matagal", ressalta o delegado.

A Polícia descarta crime de homofobia. Os suspeitos foram autuados por homicídio qualificado, por motivo torpe, restrição de liberdade, violência das agressões e a impossibilidade de defesa da vítima. 

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