Suspeito de chefiar grupo criminoso que comete extorsão a moradores de Fortaleza é preso
Wendell de Paula Almeida, mais conhecido como Covid, foi preso nesta sexta-feira,17
12:18 | Set. 17, 2021
Um homem suspeito de chefiar um grupo criminoso que teria cometido de homicídios, ameaças e extorsões de moradores na área do Mucuripe, Caça e Pesca e Mucuripe — Área Integrada de Segurança (AIS) 1 de Fortaleza —, foi preso nesta sexta-feira, 17.
Wendell de Paula Almeida, mais conhecido como "Covid" ou "Das Praias", foi preso no bairro Mucuripe em cumprimento a um mandado de prisão do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As informações foram divulgada pela Polícia em coletiva de imprensa.
O diretor-adjunto do DHPP, delegado Paulo Renato Almeida, explicou que as investigações relacionadas a extorsões estão com as respectivas delegacias da área e que o DHPP tem se concentrado nos homicídios, que, em sua maioria, são causados pelas organizações criminosas.
Como mandante de homicídios, Wendell também coagia comerciantes das áreas nas quais a facção atuava para receber dinheiro.
O delegado afirma que, em qualquer tipo de crime, a orientação da Polícia Civil é para que as pessoas denunciem. Os comerciantes cooptados para o pagamento dessas taxa ilegais devem entrar em contato com a Polícia para denunciar.
Leia mais
-
Secretário da SSPDS: perfil no TikTok mostra que "polícia está trabalhando"
-
Operação para ‘desmontar’ facções prende quatro traficantes em Fortaleza e Pacatuba
-
Apreensões de drogas no Ceará aumentam 90,9% neste ano
-
Operação Gênesis, que prendeu policiais, cumpre mandados contra civis em Fortaleza e Pacatuba
"Essas extorsões que acontecem, principalmente naquela região, têm a participação dos integrantes das organizações criminosas. Ele atuava para angariar fundos para as organizações criminosas. Ele conseguia cooptar alguns indivíduos que faziam essa parte, comerciantes da área e pessoas que moravam na região que ele diz ter o domínio. Ele fazia parte desse grupo criminoso que fazia as extorsões", relata.
De acordo com o diretor do DHPP, essas extorsões são investigadas pela Polícia Civil como um todo. Não é uma situação isolada das Áreas Integradas de Segurança – AIS 1 (Aldeota, Cais do Porto, Meireles, Mucuripe, Praia de Iracema, Varjota e Vicente Pinzon) e 10 (Cidade 2000, Cocó, Dionísio Torres, Engenheiro Luciano Cavalcante, Guararapes, Joaquim Távora, Lourdes, Manuel Dias Branco, Papicu, Praia do Futuro I, Praia do Futuro II, Salinas e São João do Tauape).
"Na Delegacia de Homicídios, nós estamos sensíveis com essa situação, pois as organizações criminosas fazem parte de vários homicídios que acontecem em Fortaleza", explica o delegado.
O delegado Paulo Renato diz que não há casos de comerciantes mortos por não pagar as extorsões. "Aqui não tem esse tipo de investigação nesse momento", relata.
Atualizada às 21h20min
Tenha acesso a reportagens especiais. Assine O POVO+ clicando aqui