Blitze da Lei Seca em Fortaleza: 122 testes de bafômetro foram realizados no fim de semana
Agentes da AMC fizeram 922 abordagens durante o fim de semana na Capital. Ao todo, 19 pessoas não aceitaram fazer o teste de bafômetro
17:57 | Set. 13, 2021
Atualizada às 18h30min
Com o aumento das recusas do teste de bafômetro, em Fortaleza, durante o ano de 2021, a Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) intensificou as fiscalizações na Capital. Durante o último fim de semana, dez operações foram realizadas, com 922 abordagens.
Os números de levantamento da AMC, durante o último fim de semana, apontam a tendência de aumento do número de motoristas que recusam realizar o teste do bafômetro. Ao todo, 19 condutores se recusaram a fazer o teste, outros 122 aceitaram, com apenas um testando positivo para o consumo de álcool.
De acordo com o gerente de Operação e Fiscalização da AMC, Wellington Cartaxo, as pessoas que ingerem bebidas alcoólicas muitas vezes se recusam a fazer o exame. Os dados mostram que o número de motoristas que recusaram o teste é de pouco mais de 15% do total de exames realizados durante o último fim de semana.
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O balanço das operações do fim de semana na Capital mostra a diferença no número de abordagens com a quantidade de testes do bafômetro realizados. Wellington Cartaxo explica que antes da pandemia era possível realizar os testes em 100% das abordagens, mas com o risco em realizar o exame e consequentemente maior preocupação na contaminação pela Covid-19, o número de testes foi reduzido.
Segundo o gerente de Fiscalização da AMC, o equipamento utilizado antes da pandemia para realizar os exames do bafômetro era um modelo-teste de um etilômetro passivo. Para realizar o exame, o motorista assoprava em uma superfície côncava na ponta do equipamento, onde o ar em que a pessoa soprava acabava se espalhando e gerava o risco da contaminação da Covid-19. Diferente do etilômetro ativo, que é usado atualmente pela AMC, e no modelo há a presença da piteira.
Cartaxo destaca que o órgão está providenciando um outro modelo de etilômetro passivo, com a tecnologia de bastão, onde é possível detectar a quantidade álcool no ar e não exige que o motorista assopre no equipamento. "A gente já está providenciando uma nova tecnologia de etilômetro passivo justamente para voltar esse aumento do número de possibilidades de exames em relação ao número de abordagens", informa.
De acordo com a AMC, em 2021, as recusas ao bafômetro aumentaram em cinco vezes em comparativo com o ano de 2019. A cada mil abordagens realizadas pelos agentes, durante os nove primeiros meses do ano, 49 condutores se recusaram a soprar o bafômetro ou testaram positivo. Segundo a AMC, em 2019, houve apenas dez recusas ou testes positivos dentro de um mesmo grupo de mil pessoas.
Fazendo um comparativo da média de recusas do último fim de semana com a média anual de 2021 (que já apresenta um aumento em comparação com anos anteriores), a média deste fim de semana ficou 10,6% acima da média anual.
Segundo Wellington, o número de recusas do último balanço em comparação com as operações durante o pico da pandemia pode ser considerado alto. A resposta pode estar associada ao retorno das atividades econômicas no Estado.
"É um momento em que a população está voltando para a vida noturna. Vamos ter um período de adaptação novamente das pessoas. Por isso que a gente acabou reforçando as blitze da Lei Seca para que as pessoas possam ter a consciência que os momentos são diferentes, mas os cuidados no trânsito são os mesmos", reforça.
Cerca de 20% dos pacientes internados no Instituto Dr. José Frota (IJF), que foram vítimas de algum tipo de acidente de trânsito, declararam ter ingerido álcool antes do ocorrido.
Punições
Condutores que estiverem dirigindo sob influência de álcool estão sujeitos a uma infração de natureza gravíssima multiplicada por dez. A multa para condutores alcoolizados é de R$ 2.934,70 e, se a concentração for igual ou superior a 0,30 miligramas de álcool por litro de ar alveolar ou o motorista tiver sinais que indiquem alteração de capacidade psicomotora, a penalidade poderá ser a prisão do condutor.
O condutor que se negar a realizar o teste terá de pagar a mesma multa gravíssima multiplicada por dez, além de ter o direito de dirigir suspenso durante os próximos 12 meses após o ocorrido. (Colaborou Mirla Nobre)