Parque Marinho da Pedra da Risca do Meio tem área de preservação expandida em 44%
Uma pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade de São Paulo (USP) revelou a ocorrência de 131 espécies na área do ParqueO Parque Estadual Marinho da Pedra da Risca do Meio, localizado há 18 quilômetros do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, terá sua área de preservação ambiental expandida em 44%, passando de cerca de 3,2 para 4,8 mil hectares. A medida, enviada pelo governador Camilo Santana (PT), foi aprovada nesta quarta-feira, 25, pela Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE).
O projeto de lei aprovado pelo Legislativo também confirma as atividades permitidas em cada área do Parque, que foram definidas em Plano de Manejo, coordenado pelo professor do Instituto de Ciências do Mar (Labomar/UFC) Marcelo Soares e entregue em dezembro de 2019. Há partes em que a preservação é mais rígida, sendo permitida apenas a pesquisa e monitoramento ambiental, enquanto outras permitem atividades como a pesca artesanal e o mergulho recreativo e esportivo.
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A área do Parque é conhecida pela sua riqueza marítima, com o desenvolvimento de recifes de corais, que ficam totalmente submersos. Também podem ser encontrados no local espécies como as de peixes ósseos, peixes cartilaginosos, golfinhos e tartarugas. Pesquisa da UFC, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e da Universidade de São Paulo (USP) revelou a ocorrência de 131 espécies na área do Parque. Dessas, 13 estão presentes em listas nacionais e internacionais de espécies ameaçadas.
Em nota, o secretário estadual do Meio Ambiente Artur Bruno considerou que a ampliação é um grande ganho para o turismo ecológico e para a preservação ambiental. “Portanto, ganha o Ceará, mas sobretudo, ganha a sociedade e a biodiversidade”, disse. Ele enfatizou ainda que a administração está com política de expansão e criação de Unidades de Conservação (UCs) — em 2015 eram 14 e até o fim do ano que vem o número deve chegar até 41.
O parque estadual também é abordado em jogo digital criado em abril do ano passado pelo O POVO: o Exploronautas. “O game alia educação com uma narrativa breve, descomplicada. É um Pokémon Snap despretensioso, calcado na realidade de preservação ambiental. E no final das contas, essa capacidade de mergulhar numa realidade nova — ainda que vizinha nossa desde sempre — é gesto artístico por natureza”, escreveu na época André Bloc, editor do O POVO.