Prefeitura de Fortaleza deve ouvir demandas de feirantes da José Avelino na próxima semana
Entidade já ouviu alguns representantes dos feirantes após a morte de um ambulante, mas deve começar a estudar pleitos do segmento na segunda-feira, 22Comitê criado pelo prefeito de Fortaleza, José Sarto, para dialogar com feirantes que atuam na rua José Avelino e em seu entorno, deve começar a analisar demandas do segmento na próxima segunda-feira, 23. Entidade já ouviu alguns representantes da área após a morte de um ambulante durante confronto com a Guarda Municipal, mas deve passar a estudar pleitos na próxima semana. Informações foram divulgadas pelo secretário de Governo, Renato Lima, em entrevista nesta quinta-feira, 19, à Rádio O POVO CBN.
A criação do comitê foi anunciada pelo prefeito horas após o confronto entre feirantes da José Avelino e equipes da Guarda Municipal de Fortaleza, ocorrido na madrugada da quarta-feira, 18. A morte do ambulante é investigada pela Polícia Civil. Conforme fontes ouvidas pelo O POVO, os agentes tentavam impedir o funcionamento da feira.
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Isso porque em decreto estadual vigente, o comércio na José Avelino só pode funcionar dentro de lojas e galpões, das 6 às 16 horas, sendo proibidas as atividades econômicas em ruas e avenidas da Cidade. No entanto, feirantes contaram que, no momento da fiscalização, os guardas teriam sido violentos, disparando balas de borracha. Um tiro de arma de fogo também teria sido identificado. Até esta quinta-feira, 19, a Guarda Municipal não havia confirmado se o disparo foi feito por um agente do órgão.
Sendo o "estopim" de um conflito antigo, o episódio revoltou permissionários e levou a criação de uma comissão para "pacificar" a situação, conforme Sarto informou anteriormente. Entidade é composta por representantes de órgãos como a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), a Secretaria da Segurança Cidadã (Sesec) e a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). Renato Lima, secretário de Governo, é um dos interlocutores da Prefeitura e deve manter diálogo direto com feirantes.
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Em entrevista à Rádio O POVO CBN nesta quinta, 19, Lima informou que representantes da entidade conversaram com alguns permissionários nessa quarta, 18, por mediação do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique. No entanto, o secretário de Governo não informou o teor da conversa e nem antecipou o conteúdo das futuras negociações, informando que isso atrapalharia o andamento delas.
"Quando a gente senta para negociar, a gente senta para convencer ou ser convencido. Ninguém é dono da verdade, a gente precisa entender a sensibilidade do tema, essas pessoas precisam trabalhar, é importante preservar o comércio do Centro da Cidade e, sobretudo, no pós-pandemia", destacou Lima, que também se absteve em responder quanto a negociações sobre uma possível flexibilização do horário de funcionamento das atividades do segmento.
O secretário também informou que apenas a partir de segunda feira, 23, a entidade vai começar a ouvir as demandas do segmento e iniciar uma negociação, com base em estudos de dados e números. "A reunião de ontem foi uma reunião para sentar a mesa, acalmar os ânimos, nós não tratamos de assuntos operacionais. O que nós queremos é construir consenso, pacificar relação com as pessoas que comercializam na Cidade, lamentamos profundamente o ocorrido", frisou.
"É importante deixar claro que precisamos seguir as leis, nós ainda estamos em pandemia, precisamos respeitar os espaços públicos e também preservar a saúde, mas também o emprego", destacou ainda. Em decisão publicada nesta quinta, 19, a Prefeitura suspendeu o comércio atacadista, incluindo lojas e galpões, no entorno da rua José Avelino, até o domingo, 22.
O POVO solicitou, tanto na quarta-feira, 18, como nesta quinta-feira, 19, informações da Guarda Municipal acerca do disparo ter sido efetuado por um agente do órgão. No entanto, entidade apenas informou que o processo ainda estava em investigação pela Polícia Civil.
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