Suspeito de atirar em universitária no Quintino Cunha é preso
Dois outros envolvidos no crime já foram presos
11:41 | Ago. 06, 2021
Suspeito de atirar e matar universitária Fabíola Andreza Veras, em maio deste ano, no bairro Quintino Cunha, foi preso em ações desenvolvidas pela Polícia nos últimos três dias. Hyago dos Anjos Sousa, 26, sem antecedentes criminais, é o terceiro envolvido no crime a ser preso. A jovem estava em um comércio quando foi baleada por criminosos, que roubaram o carro dela e fugiram em seguida.
De acordo com o delegado Harley Filho, titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o jovem preso é apontado como autor do tiro contra a universitária. "Outras duas pessoas envolvidas nesse latrocínio já haviam sido presas; uma logo após o homicídio e o segundo envolvido, foi preso em junho", aponta. Segundo o delegado, as buscas continuam para prender o quarto suspeito de envolvimento no crime.
Em outra ação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi preso também Francinildo Silva de Araújo, 28, que já responde por latrocínio e crime ambiental. Contra o suspeito havia um mandado de prisão em aberto por um homicídio ocorrido em junho deste ano que vitimou um jovem de 18 anos no bairro Mondubim.
Desaparecimento, homicídio e ocultação de cadáver
No último dia 21 de julho, os policiais civis iniciaram buscas para localizar José Fabrício Carvalho Felix de Sousa, 21, após a família registrar seu desaparecimento. Os policiais localizaram um vídeo, que circulou nas redes sociais e que mostra a vítima sendo agredida e morta por alguns homens. José Fabrício era portador de deficiência mental e foi morto após afirmar que fazia parte de uma facção rival à que domina a área da Praia do Futuro.
De acordo com a delegada Patrícia Sena, titular da 10ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a família da vítima informou que a deficiência de Fabrício fez com que ele afirmasse fazer parte da facção, o que não era verdade. Segundo Sena, em depoimento, familiares disseram disse que ele era conhecido na área onde morava, mas foi para uma área dominada por uma facção rival. José Fabrício foi morto de forma cruel e teve o corpo jogado na Praia do Futuro.
Os agentes passaram a realizar buscas e localizaram três homens envolvidos no desaparecimento, execução e ocultação do corpo da vítima. Foram presos: Jonathan Chagas de Souza, 26, que não registrava antecedentes criminais; Renan da Silva Arruda, 24, que já responde por tráfico de drogas, dano e crime contra a administração pública; e Victor Emmanuel da Silva Ávila, 20, que já responde por crime de trânsito. Também foi identificado um adolescente de 17 anos, que já foi apreendido por tráfico de drogas. Durante a ação policial, foram localizadas duas armas de fogo e munições.
Um vídeo circulou nas redes sociais mostrando a tortura e morte realizada contra a vítima. "Nós obtivemos o vídeo. É extremamente cruel a forma como eles mataram a vítima, a pauladas com gargalo, de garrafa, chute, socos e, por fim, um dos acusados pegou o o cadarço de um short e estrangula a vítima. Eles jogaram o corpo na Praia do Futuro e, infelizmente, até hoje não foi localizado", detalha a delegada. As prisões ocorreram na Praia do Caça e Pesca.