Agressões de Dj Ivis: "Eu sofria sozinha com minha filha", diz Pamella Holanda

A jovem compartilhou nas redes sociais vídeos que mostram agressões cometidas pelo artista e relevou se sentir sozinha em Fortaleza

12:20 | Jul. 12, 2021

Por: Redação O POVO
Pamella desabafou sobre as agressões sofridas (foto: Reprodução/Instagram)

A mulher de DJ Ivis, Pamella Holanda desabafou nas redes sociais após publicar série de vídeos em que é agredida pelo artista. Nas mensagens, ela revela ter sofrido agressões antes mesmo de a filha de nove meses nascer e agradeceu o apoio que vem recebendo após falar abertamente sobre as agressões sofridas. 

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"Dizer que não estou bem, mas que estou segura, eu e minha filha. E dizer também que hoje meu choro é de alívio", escreveu ela. Ela ressaltou que espera nunca mais viver o que passou e agora não precisa mais fingir "para ajudar ninguém". 

A arquiteta pontuou ainda que se calou por muito tempo e vinha sofrendo sozinha juntamente da filha, Mel. "Eu sofria sozinha com minha filha, sem apoio até dos que diziam estar ali pra ajudar, que eram coniventes e presenciavam tudo calados sem interferir", desabafou ela. A jovem disse ainda que escutou que "era o jeito" do J, seu "temperamento, e para permanecer casada com ele tinha que se "sujeitar e ser submissa".

"Por mim e por você minha filha que é mulher. Que sentia junto comigo antes de nascer a angústia, o medo. Estamos salvas. Estamos salvas!!!!", escreveu ainda ela. A influenciadora comentou ainda que espera que o artista não fique em pune. "Não existe fama, estatus, dinheiro, posição social, contato ou influencia que permita que ele fique impune", disse ainda.

Sozinha no Ceará

Em entrevista ao jornalista Leo Dias, do Metrópoles, Pamella revela que se sente sozinha aqui no Estado e afirma não ter família. Segundo ela, o DJ a deixou juntamente da filha sem condições financeiras, com apenas R$ 12 na conta. "Ele me bateu, ele me deixou sem nada. Não tenho família aqui, eu to sozinha e ele sabe disso", disse em áudios divulgados.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), e o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), comentaram sobre o caso e prestaram solidariedade à vítima. Ambos afirmaram que determinaram que o caso de Pamella seja acompanhado e ela receba o auxílio necessário. 

Violência contra a mulher - o que é e como denunciar?

A violência doméstica e familiar constitui uma das formas de violação dos direitos humanos em todo o mundo. No Brasil, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, caracteriza e enquadra na lei cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Entenda as violências:

Violência física: espancamento, tortura, lesões com objetos cortantes ou perfurantes ou atirar objetos, sacudir ou apertar os braços

Psicológica: ameaças, humilhação, isolamento (proibição de estudar ou falar com amigos)

Sexual: obrigar a mulher a fazer atos sexuais, forçar matrimônio, gravidez ou prostituição, estupro.

Patrimonial: deixar de pagar pensão alimentícia, controlar o dinheiro, estelionato

Moral: críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos sobre sua índole, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir

A Lei 13.104/15 enquadrou a Lei do Feminícidio - o assassinato de mulheres apenas pelo fato dela ser uma mulher. O feminicídio é, por muitas vezes, o triste final de um ciclo de violência sofrido por uma mulher - por isso, as violências devem ser denunciadas logo quando ocorrem. A lei considera que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

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Veja como buscar ajuda:

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180

Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)
Rua Teles de Souza, s/n - Couto Fernandes
Contatos: (85) 3108-2950 / 3108-2952

Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)
Rua Porcina Leite, 113 - Parque Soledade
Contato: (85) 3101-7926

Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)
Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) - Piratininga
Contato: 3371-7835

Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)
Rua Marginal Nordeste, 836 - Jereissati III
Contatos: 3384-5820 / 3384-4203

Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)
Rua Coronel Secundo, 216 - Pimenta
Contato: (88) 3102-1250

Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)
Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 - Loteamento José Barreto
Contato: (88) 3561-5551

Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)
Rua Monsenhor Coelho, s/n - Centro
Contato: (88) 3581-9454

Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)
Rua Joaquim Mansinho, s/n - Santa Teresa
Contato: (88) 3102-1102

Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)
Av. Lúcia Sabóia, 358 - Centro
Contato: (88) 3677-4282

Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)
Rua Jesus Maria José, 2255 - Jardim dos Monólitos
Contato: (88) 3412-8082

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.

Telefones para informações e denúncias:

Recepção: (85) 3108.2992 / 3108.2931 – Plantão 24h
Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108.2950 – Plantão 24h, sete dias por semana
Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108.2966 - segunda a quinta, 8h às 17h
Defensoria Pública: (85) 3108.2986 / segunda a sexta, 8h às 17h
Ministério Público: (85) 3108. 2940 / 3108.2941, segunda a sexta , 8h às 16h
Juizado: (85) 3108.2971 – segunda a sexta, 8 às 17 horas