Chefe de grupo criminoso preso no Bom Jardim tentou fugir e apresentou documentos falsos

Contra ele, havia dois mandados de prisão preventiva em aberto por homicídios de 2018

13:53 | Jun. 21, 2021

Por: Redação O POVO
A Polícia apreendeu no local da prisão caixas de remédios que seriam utilizados para a mistura de drogas, uma balança de precisão, cadernos de anotações, algemas e distintivos policiais, além de diversos carimbos de médicos cearenses e aparelhos celulares (foto: Angélica Feitosa/O Povo)

O suspeito de chefiar grupo criminoso com atuação no Bom Jardim, em Fortaleza, preso no sábado, 19, Alisson de Queiroz Garcia, 30, tentou fugir pelo quintal da casa onde estava escondido e apresentou documentos falsos. A tática foi realizada para tentar fugir novamente da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE). Mais conhecido por “Koka”, o homem estava incluído no Programa Estadual de Recompensa, com valor de R$ 5 mil.

Alisson tinha passagens por homicídio doloso, associação criminosa e crimes de trânsito. O homem também vinha sendo investigado e procurado pelos policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Contra ele, havia dois mandados de prisão preventiva em aberto por homicídios de 2018. Segundo a Polícia, ele tinha papel de mandante dos crimes, sem envolvimento direto na execução das mortes.

Em maio deste ano, o alvo conseguiu fugir de uma abordagem da Polícia Civil, na qual a companheira dele foi presa. Foram apreendidos uma trouxinha de crack, insumos do tráfico e dois veículos particulares que seriam fruto de negociações do narcotráfico, além de documentos falsos. Esse mesmo artifício foi usado pelo suspeito na nova abordagem, que resultou em sua prisão. 

"Conseguimos capturar ele já no quintal da residência. Após essa captura, ele ainda tentou se desvinculada da Polícia Civil dizendo que ele não era o Alisson e apresentou um documento em nome de outra pessoa, mas os policiais, como já tinham esse informação de que ele sempre apresentava documento falso, confirmaram que ele era o alvo", ressaltou Carlos Barrozo, titular da Draco. Segundo ele, as características físicas e as tatuagens foram usadas pela identificar o suspeito. 

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Na mesma casa, foi preso também um comparsa dele, chamado Leandro de Lima, 29, o "Tilinho". No imóvel, três caixas de remédios, contendo 30 comprimidos cada, que seriam utilizados para a mistura de drogas, uma balança de precisão, cadernos de anotações, algemas e distintivos policiais, além de diversos carimbos de médicos cearenses e aparelhos celulares foram localizados. As investigações seguem para descobrir porque Leandro mantinha carimbos com identificação de médicos, bem como saber sobre que uso ele fazia dos distintivos e algemas apreendidos. 

A dupla e o material apreendido foram conduzidos à sede da Draco. Na delegacia, além do cumprimento dos mandatos em aberto, "Koka" também foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico, por integrar organização criminosa e porte de documento falso e identidade falsa. Já Leandro de Lima foi autuado em flagrante por tráfico de drogas, associação para o tráfico, por integrar organização criminosa, favorecimento pessoal e contravenção penal, pelo uso dos distintivos falsos encontrados.

Lista de recompensas

O nome de "Koka" foi incluído na lista do Programa Estadual de Recompensa do Ceará em março de 2021. O pagamento para o recebimento de informações relevantes que levassem as autoridades cearenses à prisão dele era de R$ 5 mil. Segundo a Polícia, Alisson foi capturado 82 dias após ter o seu nome incluído na
lista.

De todos os alvos incluídos no Programa Estadual de Recompensa, instituído em 2019, oito já foram localizados, sendo uma mulher e sete homens. Cinco homens foram capturados em outros estados da Federação. As localizações ocorreram no Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e em São Paulo. A única mulher incluída na lista e que já está presa foi capturada em Jijoca de Jericoacoara, no litoral cearense. "Koka" é apenas o segundo homem da lista a ser capturado no Ceará. 

 

Com informações da repórter Angélica Feitosa