Contratos de profissionais dos Cras de Fortaleza terminam em julho deste ano
Cerca de 80% dos funcionários de serviços de proteção social dos Cras contrato de serviço com tempo determinado. Não há previsão para realização de nova seleção públicaO Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) recomendou que a Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS), tome providências para evitar a falta de profissionais nos serviços de proteção social da Cidade. São eles: os Centros de Referência da Assistência Social (Cras), os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) e as Unidades de Acolhimento.
A recomendação expedida pelo promotor de Justiça Luciano Tonet considerou a proximidade do fim do contrato dos profissionais que prestam serviços nesses equipamentos. Cerca de 80% dos funcionários técnicos dessa rede têm vínculo por tempo determinado, com data para encerramento. “A hipótese de ausência desses profissionais prejudicará o correto funcionamento dos serviços, o que, em um período de pandemia, seria ainda mais grave”, destaca o promotor.
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Com a última seleção pública realizada em 2018, o período dos contratos foi prorrogado por um total de três anos, em conformidade com leis municipais, uma delas aprovada em virtude da pandemia do novo coronavírus. Nesses casos, o encerramento do vínculo será encerrado no dia 31 de julho deste ano e não há possibilidade de renovação, de acordo com a legislação atual. Também não há previsão da realização de nova seleção pública para ocupação das vagas.
No início de 2021, o promotor Luciano Tonet ajuizou Ação Civil Pública em face do Município para realização de concurso público na área técnica de serviços da rede de proteção social. A gestão municipal tem prazo de 10 dias corridos para enviar ao MPCE um relatório explicando o que será feito, sob pena de medidas judiciais cabíveis.
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SDHDS) confirmou que recebeu a recomendação na terça-feira, 15, e que está analisando o caso para que o relatório solicitado seja encaminhado ao MPCE. A pasta reitera que já trabalhava para solucionar o impasse, mas explica que renovação dos contratos precisa ser analisado dentro da legalidade. Para que os contratos sejam renovados, o processo teria que ser aprovado por meio de lei e passar pela Câmara Municipal, como pontua a gestão.