"Não podemos esquecer uma vacina por conta da outra", diz coordenadora de imunização de Fortaleza
Diante de uma maior preocupação com a Covid-19, a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Vanessa Soldatelli, confirmou queda em índices de imunização contra outras doenças em Fortaleza. Entrevista foi realizada na manhã de hoje, á rádio O POVO / CBNNa manhã de hoje, 9, a coordenadora de Imunização da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Vanessa Soldatelli, reforçou em entrevista à Rádio O POVO / CBN sobre a necessidade de proteção contra outros vírus em meio a uma pandemia. Diante de uma maior preocupação com a Covid-19, a titular confirmou queda em índices de imunização contra outras doenças em Fortaleza.
Em 2020, a redução foi em vacinas de rotina - previstas no calendário nacional de imunização do Ministério da Saúde. "Conseguimos recuperar, mas esse ano estamos trabalhando a vacinação contra o Covid e tivemos uma adesão menor ainda", comentou. "Tivemos uma preocupação de proteção contra Covid, mas não de outras doenças que podem retornar e fazer situações tão graves quanto a que estamos vivendo".
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Um dos destaques foi a vacina do sarampo, com surtos registrados anteriormente em 2017. "Não podemos esquecer que essas doenças são virais e que o vírus está circulando sempre no ambiente", comentou. Ceará iniciou nesta quarta-feira, 9, a terceira fase de vacinação contra a gripe.
Pessoas com comorbidade, trabalhadores da segurança pública, população privada de liberdade e jovens sob medidas socioeducativas são o público-alvo nesta terceira fase, totalizando 922.591 pessoas inclusas nesses perfis. Quem pertence às duas fases anteriores da Campanha e ainda não se vacinou contra a gripe também pode procurar a unidade básica de saúde mais próxima.
Os já vacinados contra a Covid-19 - com D1 ou D2 - devem esperar um intervalo de 14 dias entre a aplicação do imunizante para se vacinar contra a gripe. "Não podemos esquecer uma vacina por conta da outra", comentou Sodatelli.
"Com as redes sociais, nós temos ampla divulgação. Também temos os agentes comunitários de saúde, que fazem vínculo entre as unidades de saúde e a população", relembrou. "Nós fazemos a busca ativa. Mas estamos em uma situação atípica desde o ano passado". Segundo a titular, muitos profissionais entre técnicos de enfermagem e agentes de saúde, foram contratados pelo Município, que vem trabalhando novas estratégias de acordo com novas dificuldades.
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Segundo ela, não há falta de vacinas em postos de saúde. Uma situação que pode vir a acontecer é a falta de imunizantes durante um dia de reposição. "Até o dia 20 de cada mês, fazemos a reposição. Mas pode deixar nome e contato na unidade de saúde que a vacinação retornará", afirmou.
Vanessa também relembrou sobre casos de perda da caderneta de vacinação. "Nós trabalhamos com prontuários eletrônicos e todos os vacinados têm seu registro guardado. Se a pessoa foi vacinada em um posto de saúde, a unidade mais próxima deve ser procurada e os dados devem ser resgatados".