Descarte irregular de lixo segue como realidade frequente em Fortaleza

O descarte irregular de lixo ainda é uma situação comum em Fortaleza. Em distintos bairros e vias da Capital, é possível ver pontos em que há uma grande quantidade de lixo, ainda que a coleta por parte do poder público também seja frequente. O POVO circulou nessa terça, 11, e nesta quarta-feira, 12, em vias como as avenidas Aguanambi e Coronel Carvalho e a rua Capitão Aragão e verificou uma quantidade significativa de pontos em que as pessoas depositam o lixo de forma inadequada.

Na avenida Coronel Carvalho, por exemplo, uma moradora, que terá sua identidade preservada, disse que as pessoas colocam o lixo em pontos irregulares assim que o caminhão da prefeitura faz a coleta. “A gente não pode nem olhar para eles que eles já vem com quatro pedras”, afirmou, referindo-se às pessoas que fazem o descarte inadequado e confirmando que a situação acontece de forma recorrente.

A população do local diz que tenta fazer a limpeza por iniciativa própria quando é possível, mas a quantidade de resíduos jogados supera as tentativas de manter o local limpo. “Normalmente, o lixo é trazido por carroceiros que vem de toda parte e joga todo tipo de resíduo. É carne, animal morto, entulho, planta... tudo se joga aí”, relata outro morador, que também não será identificado.

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Em live na última semana, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), divulgou números da limpeza urbana realizada pela gestão municipal entre janeiro e maio deste ano. Foram mais de 20 mil toneladas de lixo coletadas, 139 canais e lagoas limpas, além de mais de três mil bocas de lobo desentupidas.

Ele insistiu aos fortalezenses para redobrar o cuidado com o lixo durante a quadra chuvosa. “Às vezes, em casa você tem um sofá que não usa mais e fica mais fácil você colocar em qualquer lugar. Não é assim que a gente deve fazer para evitar entupir os canais e bocas de lobo e consequentemente alagar a Cidade. É importante que você dê uma destinação correta aos seus resíduos sólidos", ponderou.

O POVO contatou a Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, pasta responsável pela situação, e aguarda resposta.