Manifestação na Praia de Iracema pede justiça por Mari Ferrer; veja imagens
Encontro acontece neste domingo, 8, a partir de 15 horas na estátua da Iracema Guardiã, na Praia de Iracema. Mulheres e coletivos feministas de Fortaleza estão à frente do movimento nacional na CapitalMulheres e coletivos feministas de Fortaleza se reúnem na tarde deste domingo, 8, na Praia de Iracema para pedir justiça por Mari Ferrer, jovem que acusa o empresário André de Camargo Aranha de estupro durante uma festa em 2018. O caso ganhou ainda mais repercussão após imagens da audiência judicial vazarem, em que Mariana é humilhada pelo advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho, defensor do acusado. André de Camargo Aranha foi absolvido e o termo "estupro culposo", utilizado pelo Intercept para ilustrar o resultado do julgamento, fez o caso repercutir amplamente.
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Os protestos de rua foram convocados ainda no sábado, 7, em vários estados do Brasil, como São Paulo, Minas Gerais, Paraíba. O movimento nacional ganhou nome de #JustiçaporMariFerrer.
Na divulgação, as organizadoras afirmaram que a postura machista do Judiciário catarinense provocou revolta em todo o País, "levando mulheres em diversas cidades a irem para as ruas manifestar sua indignação pelo tratamento dado à Mariana, a verdadeira vítima do processo, e repúdio pela sentença, que inocentou o agressor André de Camargo Aranha, mesmo com evidências materiais e depoimentos de testemunhas".
Veja fotos do ato:
A organização local pede que as participantes levem cartazes de repúdio como forma de protesto e luto à ausência da voz feminina. A orientação geral é de que todas as manifestantes usem máscaras como proteção contra o coronavírus, levem álcool em gel e mantenham distância segura.
Luisa Pinheiro, uma das organizadoras do ato, contou que o movimento começou a ser estruturado pelas redes sociais, em contato com mulheres de todo o Brasil. Em Fortaleza, a expectativa é que seja um bom público, principalmente de mulheres. "Elas se manifestaram com muita solidariedade pela vítima e muita indignação por esse sistema que estupra a vítima de novo", ressalta Luisa. Na opinião da organizadora, caso ganhou ainda mais força por ser algo que atingiu todas as mulheres, já que, infelizmente, a violência sexual é presente na vida de todas.
"Foi uma coisa muito orgânica", comenta Luisa sobre a forma como as mulheres em Fortaleza se envolveram no protesto. O ato seria realizado em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), na Washington Soares. Mas as organizadoras entenderam que na Praia de Iracema o movimento teria mais visibilidade, que é o que as mulheres querem: chamar atenção para o caso e sensibilizar a população sobre a importância de que o direito à denúncia de casos de violência seja garantido.
Serviço
O QUÊ: Ato #JustiçaporMariFerrer em Fortaleza
QUANDO: Dia 8 de novembro, às 15 horas
ONDE: Estátua de Iracema Guardiã (Praia de Iracema), Fortaleza
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