Ceará é o 7º estado brasileiro com mais famílias em situação de insegurança alimentar, diz IBGE
No total, são 1,3 milhão de domicílios com algum tipo de incerteza ou preocupação sobre o acesso à alimentação adequada no EstadoEm números absolutos, o Ceará é o sétimo estado do Brasil com mais domicílios em situação de insegurança alimentar, totalizando 1,3 milhão. O primeiro lugar é de São Paulo com 4,8 milhões de famílias nessa situação. Essa condição ocorre quando existe incerteza sobre o acesso regular e permanente a alimentos de qualidade.
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As informações estão na “Análise da segurança alimentar no Brasil” da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram publicadas nesta quinta-feira, 17.
A análise estimou 2,83 milhões de famílias no Estado. Desse total, 1,5 milhão tiveram acesso à alimentação adequada no período considerado. Segundo o IBGE, 27,8% dos domicílios cearenses apresentaram insegurança alimentar leve (786 mil), 12,9% moderada (365 mil) e 6,2% grave (175 mil).
Ainda conforme a pesquisa, o Estado possui 53,1% famílias em situação de segurança alimentar, isto é, quando há acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, e sem comprometer outras necessidades essenciais. Nesse índice, o Ceará é o terceiro do Nordeste, ficando atrás da Bahia (54,75%) e do Piauí (54%), mas superando a média regional de 49,7%.
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Graus de insegurança alimentar
De acordo com as classificações estabelecidas pelo IBGE, a insegurança leve corresponde a preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos no futuro e a qualidade inadequada dos alimentos resultante de estratégias para não comprometer a quantidade de alimentos em uma família.
Por sua vez, o grau moderado de insegurança indica redução quantitativa de alimentos entre os adultos ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos.
Já a insegurança alimentar grave refere-se à redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores, incluindo as crianças. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no domicílio.
Sobre a pesquisa
As Pesquisas de Orçamentos Familiares (POFs) do IBGE combinam um período de coleta de 12 meses com períodos de referência de até 12 meses, adotado para alguns itens de despesa e para os rendimentos.
Desse modo, as informações se distribuem em um período total de 24 meses. A data de referência fixada para a compilação, análise e apresentação dos resultados da POF 2017-2018 foi 15 de janeiro de 2018.
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