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Dia do Soldado é comemorado nesta terça-feira, 25 de agosto; conheça a história da data

Data em comemoração aos soldados brasileiros faz alusão ao patrono do exército, Duque de Caxias
12:53 | Ago. 25, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Nesta terça-feira, 25 de agosto, comemora-se o Dia do Soldado em todo o Brasil. A data celebrada desde 1923 foi escolhida em homenagem ao Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, considerado o patrono do Exército Brasileiro. Em razão da pandemia da Covid-19, a seccional do Exército Brasileiro no Ceará realizou uma pequena cerimônia interna com leitura da Ordem do Dia e juramento à bandeira do País, como forma de evitar aglomerações e risco de contaminação com o novo coronavírus.

Segundo a assessoria regional do Exército, em anos anteriores eram realizadas formaturas com grande número de pessoas e a presença de familiares. Entretanto, neste ano, a cerimônia ocorreu em grupos menores, com a presença apenas de recrutas, respeitando o distanciamento social necessário como medida de prevenção. A leitura da Ordem do Dia, em alusão ao Dia do Soldado, foi feita pelo comandante da 10ª Região Militar, general de divisão Luciano Guilherme Cabral Pinheiro, conforme realizado em outras seccionais em todo o Brasil.

“Devido a pandemia, as atividades comemorativas no âmbito do exército estão restritas, e a Região segue essas restrições. Hoje, por uma questão regulamentar, os soldados realizaram o juramento à Bandeira Nacional. Foi uma cerimônia restrita, interna, dentro dos protocolos do Ministério da Saúde, com distanciamento, uso de máscaras, sem a presença de convidados”, disse a assessoria em nota.

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Em nota publicada em seu site oficial, o Exército Brasileiro recorda o nascimento do seu patrono, e classifica Duque de Caxias como um chefe militar íntegro e guerreiro, justo e bondoso, além de um estadista exemplar. “Ele lutou pela consolidação da independência, pacificou conflitos internos e externos, sendo conhecido pelos seus feitos como ‘O Pacificador’. Em sua frase mais famosa, na Campanha da Tríplice Aliança, exaltou sua luta pelo País: ‘Sigam-me os que forem brasileiros!’”, disse o Exército na publicação.

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Para o comandante-geral da Polícia Militar do Ceará (PMCE), coronel Alexandre Ávila de Vasconcelos, poder ajudar e ser um instrumento para a melhora da qualidade de vida das pessoas, é um marco da vida policial. Fazer a diferença por meio de uma palavra, ação e dedicação ao trabalho é o que lhe dá maior gratificação, ao longo dos 32 anos que exerceu o cargo de agente da segurança pública, ele relata.

“Todos nós somos soldados, e a função militar caracteriza de forma ostensiva a opção que um indivíduo tem de servir. Em especial, os PMs têm essa capacidade mais aflorada, de sacrificar a vida e integridade física em prol da proteção das pessoas, de forma altruísta e desprendida”, comenta o coronel. Ele acrescenta que, nesse período de pandemia, o trabalho reforçou esse caráter de serviço e devoção, visto que os profissionais se tornam ainda mais expostos aos riscos à saúde.

Conforme o comandante-geral da PMCE, em anos anteriores, o Dia do Soldado estaria sendo celebrado com formaturas, solenidades militares e demonstrações simbólicas, onde os agentes reforçam seus valores e a essência da identidade militar. Entretanto, por causa da pandemia, optaram pela divulgação de um vídeo em homenagem à data. 

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Por que o Dia do Soldado é comemorado em 25 de agosto?

O Dia do Soldado é comemorado no Brasil desde 25 de agosto de 1923, segundo o Exército Brasileiro. A data foi escolhida em alusão ao nascimento do Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. Patrono do exército, ele é visto como uma referência pela sua atuação ao lado de Dom Pedro II, durante a independência do País.

Filho do Marechal de Campo Francisco de Lima e Silva e de Mariana Cândida de Oliveira Belo, Luís Alves nasceu em 25 de agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquaru, quando o Brasil era vice-reino de Portugal. 22 anos depois, seu pai, veador (empregado superior) da Imperatriz Leopoldina, apresentou aos braços da Corte o recém-nascido que viria a ser o Imperador D. Pedro II, no dia 2 de dezembro de 1825, no Paço de São Cristóvão.

Sobre Duque de Caxias

O local onde Luís Alves nasceu era a Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, reconhecida hoje como o parque Histórico Duque de Caxias, no município de Duque de Caxias, no estado do Rio de Janeiro. Em 22 de maio de 1808, aos 5 anos de idade, época em que a Família Real portuguesa se transferiu para o Brasil, ele foi titulado Cadete de 1ª Classe.

Embora pouco se saiba sobre a infância de Caxias, almanaques e revistas publicadas pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro apontam que ele estudou no Convento São Joaquim, onde hoje fica localizado o Colégio D. Pedro II; também próximo ao Quartel do Campo de Santana, onde foi construído o Palácio Duque de Caxias e instalado o Comando Militar do Leste. Aos 15 anos, Caxias matriculou-se na Academia Real, onde foi promovido a tenente em 1821 e saiu para servir ao 1º Batalhão de Fuzileiros, unidade de elite do Exército do Rei.

Com o retorno da Família Real e ato de proclamação da independência, D. Pedro II consagrou a Imperial Guarda de Honra e o Batalhão do Imperador, integrado por 800 guapos militares, escolhidos da tropa estendida a sua frente. E foi das mãos do imperador D. Pedro I, que o tenente Luís Alves de Lima e Silva recebeu a bandeira do império recém-criada, na Capela Imperial, em 10 de novembro de 1822.

Mais tarde, Luís Alves tornou-se oficial do exército imperial e recebeu o título de Barão de Caxias, em 1841. Segundo o Exército Brasileiro, citando o biógrafo do Marechal, padre Joaquim Pinto de Campos, “Caxias” simbolizava a revolução subjugada e significava a “disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e glória”. Quatro anos depois de tornar-se Barão, em 1845, ele foi nomeado Conde. E em 1852, Marquês. Além de militar, Duque de Caxias foi político, sendo senador do império pelo Rio Grande do Sul.

Durante o governo de Dom Pedro II, ele também foi nomeado Comandante do Exército e eleito Ministro de Guerra três vezes. Após participar de guerras como a do Paraguai, Revolta da Balaiada e Revolta dos Farrapos, Caxias ficou conhecido como "o pacificador". Com a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, ele conquistou o título de Duque, em 1869. O patrono do Exército Brasileiro, Duque de Caxias, morreu em 7 de maio de 1880 no Rio de Janeiro.

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