Volume do reservatório Jati já chega a 64%; águas devem chegar a Fortaleza em 2021

Estudo indica que água deve ser transferida só em 2021

12:51 | Jul. 30, 2020

Por: Rubens Rodrigues
Reservatório Jati no último dia 24, quando estava com 48% da capacidade (foto: Divulgação/SRH)

O reservatório Jati, que recebe as águas do Projeto de Integração do São Francisco (PISF), já acumula volume de 17.642.664 m³ - 64% da capacidade. O dado é referente a essa quarta-feira, 29. A expectativa é de que o reservatório chegue a 67% ainda nesta quinta. A partir de agosto, as águas do São Francisco entram no Cinturão das Águas (CAC). A partir do momento que o reservatório Jati estiver cheio, levam dois meses para as águas chegarem ao Castanhão. De lá para Fortaleza, são apenas três dias.

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Uma vez no CAC, as águas devem percorrer os 53km do trecho emergencial até o Riacho Seco, no município de Missão Velha, ainda distante 508,6 km da Capital. Só depois, conforme a Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) do Ceará, as águas irão fluir por gravidade para o Rio Salgado - localizada na região Sul do Estado.

Seguindo esse caminho, as águas do São Francisco vão desaguar no Rio Jaguaribe, até, finalmente, alcançar o açude Castanhão em um percurso de aproximadamente 350km. "Uma vez no açude Castanhão, a transferência para a Região Metropolitana de Fortaleza será efetuada pelo Eixão das Águas por um percurso de 200 km", explica o titular da SRH, Francisco Teixeira.

Quando as águas chegam a Fortaleza?

Por enquanto, ainda é difícil precisar quando chegam a Fortaleza, mas há indicativos. Contudo, ainda conforme a SRH, há um estudo para que essa água seja transferida preferencialmente no primeiro semestre de 2021, devido ao fluxo dos rios em decorrência das chuvas. Com o fluxo, as perdas seriam menores, pois teria menos evaporação e mais rapidez.

Na estação chuvosa, as águas do São Francisco acompanhariam o fluxo da água das chuvas e não teria retirada por parte dos irrigantes. Isso porque, em época de chuva, eles não precisariam especificamente da água que irá correr para Fortaleza. O fato de não haver fluxo de chuvas no segundo semestre tornaria o processo mais lento do que em cenário de estação chuvosa.