Sindicato lança campanha para pais escolherem se filhos terão aulas presenciais ou não, entenda
A presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe-CE) explica que pretende oferecer um ensino híbrido
06:57 | Jul. 28, 2020
Nesta segunda-feira (27), o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe-CE) divulgou por meio de redes sociais a campanha Pelo Direito de Escolher, em que procuram trazer a possibilidade de os pais escolherem se levarão ou não os filhos à escola. De acordo com o documento da campanha, desde 17 de junho membros do sindicato já se reuniram 11 vezes e ainda não há data para a volta da atividade presencial na 4ª fase do plano de retomada.
Ainda de acordo com o documento, o governo estaria cerceando o direito constitucional de acesso à educação, sem motivo técnico. De acordo com o sindicato, as crianças que frequentarem escolas irão seguir os protocolos de higiene. “Ficamos felizes por saber que 95% já está liberado. Da mesma forma que as famílias têm direito de optar por levar ou não seus filhos a restaurantes, supermercados, shoppings, barracas de praia e academias, deveriam poder optar por levar ou não seus filhos às escolas”, destaca o Sinepe na campanha.
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A presidente do Sinepe-CE, Andréa Nogueira, afirma que a necessidade de realizar a campanha surgiu a partir da demanda dos pais de retomada das aulas presenciais. “Temos um percentual de pais que necessitam e contam com essa retomada, uma vez que precisam deixar os filhos nos espaços da escola por já terem retornado ao trabalho”, afirma. Ela conta que o sindicato já está preparado, desde o dia 20 de julho, para a retomada de aulas presenciais. “Para a retomada das aulas presenciais, as escolas produziram seus protocolos sanitários. Um ponto importante é que aconteceria a retomada de forma gradual”, explica.
Segundo Andréa, uma das propostas do Governo do Estado é uma divisão em três etapas dessa retomada. Os níveis de ensino foram divididos em três níveis. O setor privado concordou com esse modo, pois, como Andréa afirma, também é preocupação das escolas uma retomada de forma responsável. “Faremos a higienização, iremos manter o distanciamento físico entre as pessoas, com cartazes, rotas de entrada e saída, e medidas de higiene também individuais, como as estações de lavatórios, criados em algumas escolas, com o intuito de conscientizar as crianças da necessidade de higienização. As escolas se prepararam”, defende.
Ela conta que a principal proposta da campanha é explicar que as escolas utilizarão o ensino híbrido. “Ao entrar, os alunos passarão por uma verificação de temperatura. Tanto alunos, como toda a comunidade escolar. Pais de alunos também passarão pela verificação, precisando também agendar visitas. Aluno que estiver com temperatura de estado febril será encaminhado para uma sala de acolhimento e um profissional da escola entrará em contato com os pais para buscá-lo.
Ainda segundo a presidente do Sinepe, foram realizados treinamentos de funcionários para a retomada. Ela explica que os pais poderão, no caso do ensino híbrido, escolher se os filhos irão para aulas presenciais ou se permanecerão no ensino a distância. “Quando oferecemos esses dois tipos de ensino, a escola já reduz o número de alunos na comunidade escolar, e ainda respeita o distanciamento mínimo exigido por especialistas, de 1,5 metro", defende.