Em dificuldades durante pandemia, Bar Lions busca alternativas para não fechar
Além de ter de pagar para manter o espaço, que é alugado, há outras despesas como conta de luz. Não bastasse isso, Dona Fátima, proprietária do estabelecimento, não conseguiu o auxílio emergencial
Conhecido na noite alencarina, o Bar Lions anunciou nesta quinta-feira, 16, por meio do Instagram, que está aceitando ajuda em dinheiro para manter o funcionamento do local durante a pandemia do novo coronavírus. Em nota publicada, o estabelecimento afirmou que está em “uma situação cada vez mais delicada”. Com o plano de retomada econômica, o restaurante funciona apenas entre os horário de 9h e 16 horas, com almoços e bebidas, seguindo as normas de segurança exigidas pelo Governo.
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“Conseguimos, com dificuldade, nos manter até aqui, mas agora precisamos de ajuda de vocês, frequentadores e amigos do bar, para que possamos continuar e voltar com os eventos quando possível. Não queremos fechar as portas e perder esse local tão querido. Qualquer valor é importante”, afirmou em nota.
Bares, academias e atividades de entretenimento presenciais como shows, espetáculos e cinema não estão inclusos na 4ª fase do Plano de Retomada da Atividade Econômica em Fortaleza, prevista para iniciar no dia 20 de julho. O horário em que o Lions funciona agora, de 9h às 16 horas, é referente a segunda fase do plano de retomada econômica, que começou no dia 22 de junho.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), cerca de 1,8 mil restaurantes de Fortaleza podem fechar as portas, mesmo com a retomada econômica. O número equivale a 30% dos 6 mil estabelecimentos na Capital.
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Segundo Fátima Silva, 68, proprietária do conhecido bar localizado no Centro de Fortaleza, a situação não está boa. Além de ter de pagar para manter o espaço, que é alugado, há outras despesas como conta de luz. Não bastasse isso, Dona Fátima não conseguiu o auxílio emergencial "devido a burocracias". “Meu marido tá pensando em desistir, tá preocupado, porque é muita coisa. Não dá pra arcar com as despesas”.
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Ela conta que teve de cancelar o plano de saúde que mantinha há 18 anos. “Não era luxo, era necessidade. Mas agora ou era isso ou eu comprava comida e pagava a luz e o aluguel”, conta.
Para driblar a situação, ela montou um “minirrestaurante” em casa, mas o movimento é pequeno. “Agora eu abri uma quitanda em casa, mas tá vendendo ainda pouco”, conta. O movimento no Lions também é pouco, assim como nos entornos. Dona Fátima afirma que outras pessoas também estão prejudicadas, como ambulantes que ficavam na praça. “Era o ganha pão deles ali na praça. Não era só gente que dependia”.
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A alternativa para manter o espaço foi falar sobre a situação nas redes sociais, pedindo doações. As doações podem ser feitas via PagSeguro, com valores de R$5 a R$50, mas também podem ser gerados links com outros valores falando com a equipe por meio do direct do Instagram. “Se uma pessoa quer depositar dois reais e mil pessoas dão dois reais, já é quanto? Eu não tenho vergonha. Meu filho me disse: 'A senhora não tá obrigando a darem dinheiro, a senhora tá pedindo ajuda. Não tem problema'”.
O bar também aceita doações nas seguintes contas bancárias:
Nubank
Agência: 0001
Conta: 4547329-2
CPF: 051.964.253-81
Beneficiário: Leonardo Costa da Silva
Santander
Agência: 4585
Conta: 01036762-7
Beneficiário: Gerson Gonçalves Barbosa
Banco do Brasil
Agência: 3653-6
Conta: 50956-6
Beneficiário: Leonardo Costa da Silva
Banco do Nordeste
Agência: 00016
Conta: 000111822-6
Beneficiário: David Porto da Silva
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