#exposedfortal: Polícia Civil apura caso de grupo que estaria compartilhando fotos íntimas de meninas

O secretário da Segurança, André Costa, determinou prioridade para as investigações envolvendo o #exposedfortal

A Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca) apura denúncias relacionadas ao #exposedfortal. A hashtag foi criada por um perfil no Twitter que tem, desde essa segunda-feira, 22, exposto rapazes que teriam um grupo para compartilhar fotos íntimas (nudes) de meninas sem o consentimento delas. Os relatos vão desde compartilhamento de conteúdo íntimo sem autorização a denúncias de abusos sexuais e estupros, cometidos por mais de três rapazes.

Na conta, são divulgados relatos dos abusos e prints de conversas entre os próprios meninos. A página ainda compartilha os nomes e redes sociais dos expostos. O administrador do perfil também fez publicações estimulando a denúncia e o registro de Boletins de Ocorrência (BOs).

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Nos prints das conversas, meninas falam sobre meninos que pedem nudes para amigas e namoradas e depois expõem a imagem no grupo, prints de mensagem de meninos obrigando meninas a fazer sexo, relatos de meninas que descobriram vídeos seus após ficarem alcoolizadas em festas. São diversos relatos queestão sendo expostos nas redes sociais. Há relatos de que há tanto meninas quanto meninos menores de de 18 anos envolvidos nessas exposições.

“As diligências coordenadas pela delegacia especializada ocorrem no intuito de se chegar aos nomes das pessoas envolvidas, bem como identificar as circunstâncias dos casos”, explica em nota a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). O titular da pasta André Costa diz, em publicação no Twitter, que determinou prioridade para as investigações do caso. Na mesma postagem, ele orienta as vítimas a registrar BO.

Os BOs podem ser registrados pela Delegacia Eletrônica (Deletron), em qualquer horário do dia ou da noite. Também é possível denunciar pelo Disque-Denúncia da SSPDS, pelo número 181, ou para o número (85) 3101.2044 da Dceca.


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Veja o que fazer em casos de divulgação não autorizada de conteúdo íntimo na internet

Caso esteja sendo vítima de "Pornografia de Revanche" ou Sextorsão, confira aqui um passo a passo das providências para abrir um processo e resolver a questão com o aporte da Justiça. Vale lembrar que o nome "Pornografia de vingança" não é a melhor descrição quando as imagens são compartilhadas sem consentimento.

Publicar, sem autorização, conteúdo íntimo de outras pessoas, ou compartilhar estes conteúdos nas redes é uma violência que precisa ser enfrentada. Quando se trata de imagens de menores de 18 anos, este compartilhamento pode ser classificado como distribuição de "Pornografia Infantil", mais uma forma de violência sexual.

As dicas são do site especializado em crimes virtuais SaferNet.

Qualquer pessoa que tenha sido vítima pode denunciar e pedir ajuda das autoridades. As vítimas menores de 18 anos precisam ser orientadas para pedir ajuda aos responsáveis legais ou um adulto de confiança, que podem seguir os seguintes passos:

1- SALVAR AS EVIDÊNCIAS

Gravar e arquivar o máximo de informações das páginas e mensagens onde o conteúdo foi compartilhado: salvar URLs, tirar prints das telas, arquivar e-mail e guardar conversas trocadas por aplicativos de mensagens.

2- ATA NOTARIAL

Se pretender abrir um processo judicial contra o autor, registrar o material em tabelionato de nota como ata notarial (este é um procedimento feito pelo tabelião que atesta que o material é verídico).

3- DENUNCIAR

Faça um Boletim de Ocorrência em uma delegacia próxima, ou se houver em sua cidade, uma delegacia especializada em crimes cibernéticos ou delegacia da mulher. Se for menor de idade, fazer uma denúncia na página da SaferNet como conteúdo de pornografia infantil em www.denuncie.org.br.

4 - REPORTAR NA PLATAFORMA

Reportar à plataforma onde está hospedada a imagem e solicitar remoção. Conteúdos de nudez sem autorização violam as regras das principais plataformas, portanto procure o botão que permite denunciar a publicação. No caso do Facebook, acesse a central de ajuda para saber como fazer.

6 - SOLICITAR REMOÇÃO DAS BUSCAS

O buscador do Google oferece um formulário específico para solicitar a remoção. Lembrando que isso não fará com que a imagem seja removida da página onde está hospedada, mas não aparecerá mais associada ao nome da vítima nos resultados da busca do Google. Preencha este formulário com todas as informações que possui. Esses formulários podem ser preenchidos pelos responsáveis legais de menores de 18, por advogados ou outros representantes legais da vítima da exposição não autorizada.

O Google não é responsável pelos conteúdos dos sites, apenas pelas buscas. É importante tentar contato também com o responsável pelo site que publicou seu conteúdo sem autorização. Caso não tenha conseguido esse contato ou não tenha informações sobre o webmaster, escolha a opção: “Não, não encontrei qualquer informação de contato”.

Não seja um espectador!

O mais preocupante é que esse tipo de violência não só não é levado a sério, como também é compartilhado, comentado, curtido e viralizado. Grupos com milhares de pessoas em aplicativos de mensagens compartilham vídeos e fotos de mulheres que não consentiram em expor sua intimidade, algumas delas menores de idade, o que é um crime grave. É por isso que os nudes continuam mobilizando uma grande audiência e alguns se tornam virais.

Ouça o podcast Recorte:

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