Investigação identifica grupo de WhatsApp de facção com o cadastro de 105 novos membros no Ceará
A informação do grupo faz parte da denúncia ofertada pelo Ministério Público do Estado e foi encontrado em celular de suspeito detido. "Batismo" em massa seria reflexo de escalada de violência entre organizações criminosasGrupo de aplicativo de conversas da facção Comando Vermelho (CV) possuía cadastro de 105 novos membros. A informação está na denúncia ofertada do Ministério Público do Ceará (MPCE) no âmbito da operação Aditum II, que teve como alvo mais de 100 membros da facção em março.
O documento informa a prisão de José Jailson da Silva Vieira, o irmão J, que realizava comércio ilegal de entorpecentes e teve o celular apreendido. Na análise do aparelho foi identificado grupo de WhatsApp chamado "C.V.RL.CE OFICIAL", que continha cadastros dos novos membros para a organização criminosa, com fotografias, dados pessoais, apelidos, padrinhos e contatos telefônicos.
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No grupo foi constatada uma lista com 105 membros de recém-ingressados na organização criminosa. Conforme o documento, observou-se que o "batismo" em massa estaria acontecendo em virtude de um cenário de guerra entre facções.
A operação Aditum II, que significa "acesso", da Polícia Civil, cumpriu 95 mandados de prisão contra supostos integrantes do CV. Ao todo, foram 163 mandados de prisão e de busca e apreensão.
A primeira fase da operação aconteceu em março de 2019 e teve o cumprimento de 89 mandados de prisão contra integrantes de uma organização criminosa do Ceará.
Além de um histórico sobre a organização, a denúncia do MPCE observou que havia o "batismo" de adolescentes na organização criminosa. Por fim, o Ministério Público ofereceu a denúncia com base na lei de organização criminosa e corrupção de menores.