Data de entrega do Plano de Manejo do Cocó será alterada devido pandemia, afirma articulador da Secretaria do Meio Ambiente
Leonardo Borralho, articulador das Unidades de Conservação Estaduais do parque, compartilhou informação com O POVO. Secretaria realiza oficina sobre o plano de manejo nos dias 26 e 27 de maio. Ainda não há previsão para nova dataA data de entrega do Plano de Manejo do Parque Estadual do Cocó, que seria entregue em julho deste ano, será alterada por causa da pandemia do novo coronavírus, segundo articulador da Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema). Leonardo Borralho compartilhou informação com O POVO na manhã desta terça-feira, 26, quando também tem início oficina virtual da pasta sobre o plano. "Praticamente impossível cumprir diante do fato de força maior", contou Borralho. Ainda não há previsão para nova data de entrega. "Estamos avaliando. O mais importante é que estamos fazendo com a melhor qualidade possível", acrescentou o articulador.
Com elaboração iniciada em dezembro de 2019, o Plano de Manejo do Parque Estadual do Cocó seria finalizado em julho deste ano, quase depois de três anos após sua regulamentação. O Plano, orçado em R$ 720.360,00 juntamente ao projeto Pacto pelo Cocó, será dividido em quatro etapas e a promessa é que a construção do documento conte com forte participação de segmentos da sociedade civil. Moradores da Sabiaguaba, por exemplo, acompanham a construção do "plano diretor" da Unidade de Conservação (UC).
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O POVO acompanhou uma das primeiras oficinas preparatórias do plano, em janeiro de 2020. Bruna Bianca Pasquini, coordenadora de projetos da Arcadis Design & Cosultancy (Brasil), empresa responsável pela elaboração do plano explicou aos participantes, na ocaisão, o que é e como está sendo pensado o projeto do Parque do Cocó que e o Pacto pelo Cocó.
De forma geral, o plano será um “guia norteador” da gestão do parque. É um documento técnico formulado para deixar mais explícitas as áreas que podem ser visitadas, quais são as zonas de recuperação, que ações o poder público deve tomar para adequar a área de acordo com o objetivo da Unidade de Conservação.
O Parque Estadual do Cocó não compreende somente o território de Fortaleza, mas também de outros três municípios: Pacatuba, Maracanaú e Itaitinga.
Primeira oficina virtual sobre Plano de Manejo
A primeira oficina virtual sobre o Plano de Manejo do Cocó, realizada pela Secretaria do Meio Ambiente do Ceará (Sema), acontece nos dias 26 e 27 de maio. O encontro nesse formato foi inaugurado após pandemia do novo coronavírus. Na ocasião, será discutido diagnóstico socioambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Cocó e do Plano de Manejo do Parque Estadual.
Oficina teve início às 9 horas desta terça, 26. Segundo o articulador das Unidades de Conservação do Parque, Leonardo Borralho, diagnóstico a ser apresentado é resultado do trabalho de campo realizado por pesquisadores antes do período de isolamento social.
Além do diagnóstico, as pautas a serem discutidas nessa oficina virtual também são resultado de um formulário lançado pela Sema nas últimas semanas. Nele, movimentos sociais e outras organizações interessadas no tema contribuíram com dúvidas, sugestões etc.
Apesar da novidade ser um desafio, a expectativa de Leonardo Borralho é positiva: "A gente tem boas expectativas de conseguir mobilizar a população para que ela participe. Ficamos na expectativa de que esses momentos sirvam de aprendizado. A gente teve lives anteriores, mas essa oficina de Plano de Manejo é a primeira", conta.
A próxima etapa para definir o plano é a de zoneamento, que também deve acontecer de forma virtual, segundo o articulador. Ela ainda não tem data, mas a oficina desses dois dias deve encaminhar essa fase. Durante período de isolamento, apenas serviços essenciais foram mantidos na região, segundo Borralho. Diferenças já podem ser sentidas: "Quando o ser humano tem menos interferências, ela vai se recuperando naturalmente".
Por três dias, O POVO visitou o Cocó para mostrar como a experiência do fechamento do Parque na área das trilhas, em função da quarentena da Covid-19, influenciou o ecossistema. A suspensão de visitas deverá ser replicada em pelo menos um dia, às segundas-feiras, na unidade de conservação. Um tempo para fauna e flora descasarem do impacto humano nas trilhas.
Confira a reportagem "50 dias sem presença humana no Parque do Cocó".
LEIA TAMBÉM | Plano de Manejo do Cocó abordará zona de amortecimento reduzida