Aprenda a calcular a distância de um raio apenas cronometrando os segundos
A gerente de meteorologia da Funceme Meiry Sakamoto explica o que são raios e trovões e como calcular a distância de um raioA madrugada em Fortaleza virou assunto do momento no Brasil no Twitter, após boa parte dos fortalezenses ficarem acordados comentando os raios e trovões que acompanharam a forte chuva desta terça-feira, 21, Dia de Tirandentes.
A previsão do tempo da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) indica que esta terça-feira e quarta-feira serão dias com nebulosidade variável e eventos de chuva em todo o Estado. Com tanta nuvem no céu, existe a possibilidade de os cearenses terem mais alguns sustos com os relâmpagos.
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Isso porquê, segundo a gerente de meteorologia da Funceme Meiry Sakamoto, os raios se formam pelo excesso de cargas elétricas positivas ou negativas nas nuvens do tipo cumulonimbus. "O raio é um meio de desfazer a tensão por meio da transmissão de eletricidade", explicou em entrevista à Rádio O POVO/CBN na manhã desta terça-feira, 21.
Esses raios podem acontecer dentro das próprias nuvens, entre nuvens diferentes, entre nuvens e o ar e até entre nuvens e o solo. "Os mais brilhantes são justamente aqueles em que uma nuvem fica eletricamente conectada ao chão", comenta. E medos à parte, as descargas elétricas fazem um show ao ilustrar os céus noturnos. Confira imagens:
Foi você Thor? Após madrugada de raios e trovões em Fortaleza, chove em 44 municípios do Ceará: https://t.co/hPkKwKMyp2 pic.twitter.com/O4ey3ggTuM
— opovoonline (@opovoonline) April 21, 2020
Já os trovões são o barulho do deslocamento de enormes massas de ar, causado pelo aquecimento rápido do ar em torno dos raios. Ou seja, à luz (eletricidade) se dá o nome de raio, e ao barulho, trovão. O mais interessante é que é possível calcular a distância de um raio a partir do tempo entre os dois.
Para isso, basta contar os segundos a partir do momento em que se viu o raio até o momento em que se ouviu o trovão. Afinal, a luz viaja mais rápido que o som. Depois, multiplique o tempo em segundos por 340. "Lembrando que a velocidade do som é de cerca de 340 metros por segundo", elucida Meyri.
"Vamos supor que, entre ver o raio e ouvir o trovão, se passaram três segundos. Então, fazendo o cálculo três vezes 340, obtemos 1.020. Ou seja, 1.020 metros. O que significa que a nuvem cumulonimbus estava a um pouco mais de um quilômetro de você."