Bar Mambembe encerra as atividades na Rua dos Tabajaras; sócia anuncia que "ideia continua"
Um dos responsáveis por impulsionar a cena cultural de Fortaleza, o empreendimento empregava 12 pessoas diretamente e gerava renda para outras cem indiretamenteA Rua dos Tabajaras perdeu uma de suas atrações. Localizado no número 368, o Bar Mambembe anunciou o encerramento de suas atividades no local onde funcionou durante sete anos. O empreendimento ajudou a impulsionar a cena cultural de Fortaleza na Praia de Iracema.
O comunicado aconteceu na tarde desta quarta-feira, 15, por meio do Instagram, onde a casa informou que continuará a trabalhar enquanto agente de produção cultural. “Pensaremos, organizaremos, buscaremos maneiras para que o Mambembe continue pulsante dentro de cada um de nós”, explicou a publicação.
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Ao O POVO, a sócia Luana Caiube afirmou que “as paredes não delimitam o Mambembe”. Com o atual cenário de pandemia provocada pela Covid-19, o espaço estava sem funcionar desde 14 de março. Então entregar o prédio “foi uma questão de prudência, mas também tática de sobrevivência”, disse ela, uma vez que não há previsão de retorno das atividades econômicas e culturais na Capital.
Responsável por empregar 12 pessoas diretamente e gerar renda para outras cem indiretamente, o projeto agora será reanalisado. “Estamos tentando estruturar nosso plano de ação e pensar em como podemos criar uma geração de renda. Ainda não sabemos quais modelos e formatos adotar. É provável que tenha a parte gastronômica, mas também estamos pensando em dar continuidade à produção cultural”, continuou Luana.
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Importância para a cultura de Fortaleza
O Bar Mambembe foi um dos responsáveis por participar do processo de revitalização da Praia de Iracema, principalmente da Rua dos Tabajaras. Reduto cultural fortalezense, a região abriga o encontro da classe artística da cidade, que teve o Mambembe como um de seus impulsionadores. Transnacionais, Caio Castelo, Lorena Nunes, Catatau são alguns exemplos de banda e músicos que já se apresentaram por lá.
Idealizado por transformistas, travestis e transsexuais e bastante conhecido entre o público LGBT, o bloco carnavalesco “As travestidas”, por exemplo, começou como uma festa desta casa até ganhar as ruas da Capital. Espécie de catalisador cultural da Cidade, o espaço já recebeu festas, bazares, sendo um local que também conseguiu comportar os públicos que apreciam a música autoral cearense.
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