Presidente do Sinditáxi pede que categoria seja incluída no auxílio emergencial

Francisco Moura, presidente do Sinditáxi Ceará defende que a categoria é, depois dos profissionais de saúde, a que sente os efeitos direitos mais graves da pandemia.

Entre as categorias prejudicadas pela crise provocada pela pandemia do coronavírus está a dos taxistas. O presidente do Sindicato dos Taxistas Ceará (Sinditáxi), Francisco Moura, defendeu, em entrevista à Rádio O POVO/CBN, na manhã desta terça, 7, que a situação da categoria é “delicadíssima” e que para superar o taxista somente os profissionais da saúde. “O taxista trabalha num ambiente pequeno, transportando gente dos quatro cantos do Mundo. Se tem alguém em uma situação fácil para ser contaminado e contrair o vírus, esse alguém é o taxista”, diz.

Moura disse que conversou pessoalmente ao senador Tasso Jereissati (PSDB) para pedir a inclusão dos motoristas de táxis nas categorias que devem receber o auxílio emergencial de R$ 600 por conta da pandemia de Covid-19. “Ele foi muito bacana, preocupado com o profissional, e apresentou uma emenda, incluindo o profissional taxista no auxílio de 600 reais. Pela emenda, basta comprovar que é taxista que (a pessoa) recebe a ajuda”, conta. O projeto se encontra na Câmara Federal para votação entre esta terça, 7, e quarta, 8.

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De acordo com Moura, o trabalhador taxista foi uma das categorias mais afetadas em Fortaleza, porque a cidade parou, não há quase ninguém nas ruas e os motoristas não transportam mais ninguém. “A rede hoteleira está vazia, os restaurantes, fechados rodoviária, aeroporto praticamente fechados e ninguém na rua. Os taxista estão numa situação desesperadora. A grande maioria dos profissionais taxista que trabalham com o carro arrendado e muitos devolveram mais de 50% do valor arrecadado para os proprietários”, conta. Ainda segundo o presidente do Sinditáxi, muitos dos proprietários tiveram de dispensar o pagamento da renda porque os motoristas precisavam “levar o sustento para dentro de casa”. O faturamento da categoria caiu cerca de 90% desde o primeiro decreto de fechamento do governador Camilo Santana, no último dia 19 de março.

Existem entre 15 mil e 16 mil taxistas somente em Fortaleza. O sindicato, segundo o presidente, pediu ajuda de cestas básicas ao Governo do Estado e à Prefeitura. Ele deve solicitar a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e ao Departamento Estadual do Trânsito do Ceará (Detran) que isente os mototaxistas e os taxistas de pagarem as taxas de vistoria por três meses.

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