Por risco estrutural no prédio, início das aulas é adiado em escola municipal
A diretora da Escola Maria Alice identificou cupim no teto do terceiro piso do prédio do colégio na última quinta, 23. As aulas começarão até a próxima segunda, em outro prédio, próximo ao colégio. Local ainda vai ser definido. 522 alunos estão matriculados na escola
17:47 | Jan. 27, 2020
O início das aulas na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Maria Alice, no Papicu, será adiado em, pelo menos, três dias. A razão do atraso é por problemas estruturais no prédio. Na última quinta, 23, a diretora da unidade, Cristiane Campelo, identificou uma viga repleta de cupins, no terceiro piso do colégio, onde está a caixa d’água. O primeiro dia do ano letivo estava marcado para esta terça, 28, entretanto, deve ser postergado até a próxima sexta, 31, ou ainda, na segunda, 3 de fevereiro. “Vai depender de encontrarmos um local próximo da escola para alugarmos e transferirmos para lá as aulas”, afirma a diretora.
A escola fica na rua Raimundo Oliveira Filho, próximo à uma Comunidade dos Índios, no Papicu. O problema foi identificado graças a atenção dos profissionais da educação. Pela porta de entrada da sala do terceiro piso, começou a descer cupim e a diretora resolveu fazer dedetização. Ao retirar o forro, foi percebida a viga completamente comprometida. “Sou diretora dessa escola há quase sete anos e essa situação não é recorrente. Temos um colégio em um prédio muito antigo, mas que está em constante manutenção”, informa a gestora. Segundo ela, o piso, o jardim e a frente da escola foram reformados. Lá, estudam 522 alunos, entre 4 e 11 anos, em 22 turmas, nos turnos manhã e tarde.
A diarista Angélica Ferreira, 42, não conseguiu trabalhar nesta segunda porque não tinha com quem deixar o filho Daniel, 7. O menino está no 2º ano do Ensino Fundamental e já está ansioso pela volta às aulas. “Eu só quero que não seja tão longe daqui”, diz o menino. Luciene Barbosa, 29, trabalha como manicure. Ela vai ter de desmarcar as unhas desta terça porque não tem com quem deixar os três filhos. “Minha irmã do Maranhão estava aqui em casa até ontem”, lamenta. Ela diz não acreditar que a escola teve as férias inteiras para fazer essa dedetização e decidiram realizar agora.
Em nota enviada pela assessoria de comunicação, a Secretaria Municipal da Educação (SME) afirma que a interdição é foi feita como medida preventiva, para garantir a segurança de alunos, profissionais e toda comunidade escolar. Acrescenta que um novo espaço para abrigar os alunos está sendo providenciado e que os dias de aula serão repostos, sem prejuízos ao calendário escolar.