Até mil pessoas terão atendimento domiciliar de saúde a partir de março em Fortaleza

A iniciativa Melhor em Casa prevê maior rotatividade de leitos nos hospitais, além de mais conforto e segurança para pacientes não hospitalizados

11:50 | Jan. 27, 2020

Por: Catalina Leite / ESPECIAL PARA O POVO
Para ser atendido pelo programa é preciso ser residente de Fortaleza e ter uma pessoa na função de cuidadora. (foto: Fábio Lima)

Em março deste ano, Fortaleza deverá atender mil pessoas pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) a partir do programa Melhor em Casa. O objetivo é tirar dos hospitais pacientes que precisam de cuidados passíveis de serem realizados em casa e otimizar a ocupação dos leitos hospitalares.

Em parceria com o governo federal, Fortaleza foi a primeira capital a contratar todo o quadro de novos profissionais para o projeto. Em fevereiro, 16 equipes multidisciplinares atuarão para atender 960 pacientes. Já em março, mais dez equipes serão integradas, abrangendo mil beneficiados. Já no Brasil, são 980 equipes atuando em 376 municípios.

As equipes multidisciplinares contarão com um médico, um enfermeiro, quatro técnicos de enfermagem e um fisioterapeuta. Ainda, algumas composições têm profissionais de assistência social, terapia ocupacional, nutrição, farmácia, odontologia e fonoaudiologia.

A secretária da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, explica que a prioridade são pacientes que demandam cuidados frequentes, mas sem necessidade de tecnologias de grande porte. Para eleger quem será beneficiado pelo Melhor em Casa, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) definiu critérios como a obrigação de ter um cuidador (familiar ou não), o domicílio ter recursos mínimos de infraestrutura e ter possibilidade de acesso a carro.

No lançamento do programa realizado nesta segunda-feira, 27, no Teatro São José, o prefeito Roberto Cláudio afirma que a iniciativa é uma forma de agilizar o atendimento médico em Fortaleza, sem pretensão de reduzir custos para o cofre municipal. "O projeto humaniza e qualifica o atendimento para pessoas com doenças crônicas, além de dar maior rotatividade nos números de atendimento e cirurgias nos hospitais, que dependem da disponibilidade de leitos", defende o prefeito.