Janeiro está quase no fim: aprenda a transformar as metas de ano novo em realidade
De acordo com a psicóloga Gabriela Dutra, o principal erro das pessoas é focar no resultado dos objetivos, mas não nos comportamentos que podem auxiliar a alcançá-los
Falta uma semana para o fim de janeiro. O período escolar já começou e as férias desejam um “até mais” para o meio do ano. Com o baque de 2020 estar definitivamente aqui - para alguns, já que o Carnaval está só começando -, as metas de ano novo deixam de ser uma brincadeira e viram obrigação.
Para a estudante Maria Vitória Pimentel, 17, as metas são uma oportunidade de “fazer diferente” e “vencer desafios pessoais”. É por isso que, para 2020, a aluna do terceiro ano do ensino médio planeja ter bom desempenho na escola e nos vestibulares. O objetivo é bem claro: ser aprovada no curso de Jornalismo em uma universidade federal.
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Mas como transformar o desejo em realidade? Primeiro, Maria analisou o que a impedia de estudar adequadamente. As condições de estudo em casa e o tempo de deslocamento entre o colégio e a casa da estudante foram os obstáculos. Assim, ela decidiu que começaria a passar as tardes na escola estudando.
Ainda, aos fins de semana, ela frequentará um cursinho pré-vestibular popular, principalmente para praticar as redações e melhorar nas áreas de exatas e natureza. “Eu também quero descansar nos momentos livres, acho que isso também faz parte do preparo”, pondera.
Como Maria está habituada a fazer metas de ano novo, a estudante aprendeu a planejar um passo a passo realista para cumprir com os desejos. De acordo com a psicóloga Gabriela Carneiro Dutra (CRP 11/7800), “a criação de uma meta é um exercício de autoconhecimento”.
“Se alguém estabelece a mesma meta há anos e não consegue cumpri-la, é necessário entender as dificuldades que estão envolvidas e fazer algo para mudá-las”, explica a profissional. Ela percebe que o maior erro das pessoas é focar no resultado dos objetivos, ao invés de entender quais comportamentos podem ajudar para alcançar o resultado desejado.
A psicóloga exemplifica com pessoas que desejam emagrecer. Nesses casos, o melhor é definir como meta consultar um nutricionista e fazer exercícios físicos. Ao mesmo tempo, é de suma importância não imitar o que outras pessoas fizeram para alcançar o mesmo objetivo. “Cada pessoa é diferente. É muito frustrante perceber que seguiu ‘todos os passos’ para alcançar um objetivo e aquilo não se concretizou. Provavelmente isso aconteceu pois eram os passos de uma outra pessoa, e não os seus”, afirma.
Três dicas para cumprir as metas de ano novo
1. Se conheça
Entender as próprias potencialidades e limitações, sem cobranças pessoais, é o principal conselho da psicóloga Gabriela Dutra. “Se você não conseguiu cumprir a sua meta você não precisa se taxar como incompetente ou incapaz, tente entender a sua realidade, aquilo que você busca é tangível no momento? Se sim, o que de diferente você pode tentar para alcançar?”
2. Desistir nem sempre é sinônimo de falha
Às vezes, desistir de uma meta representa a compreensão de que se está buscando algo inalcançável - pelo menos por enquanto. Dessa forma, escolher o momento certo também é muito importante. “É normal em alguns momentos estarmos mais focados no trabalho, por exemplo, e acabarmos negligenciando outras áreas da nossa vida. É preciso entender e aceitar estas fases, mas também avaliar se isso não está sendo utilizado como uma desculpa”, afirma Gabriela.
3. Deseje para alcançar objetivos sem sofrimento
“É bom perceber se a criação de metas tem funcionado como um auxílio no alcance de objetivos ou se como algo que tem gerado ansiedade e sofrimento no dia a dia”, conclui a psicóloga.