Fortaleza reduz em 50,3% mortes no trânsito e alcança meta da ONU
Com redução correspondente aos anos de 2010 para 2019, a Capital é uma das primeiras cidades no mundo a atingir a meta da Organização das Nações Unidas (ONU)Atualizada às 13h49min
Já é o quinto ano consecutivo que Fortaleza reduz a taxa de mortes no trânsito. Enquanto em 2010 a Capital registrou 14,9 óbitos por 100 mil habitantes, o índice caiu para 7,4 em 2019. Isso representa queda de 50,3% no número de mortes no trânsito e é o principal indicador utilizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para comparar o progresso na prevenção de mortes no trânsito entre cidades e países.
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Segundo balanço preliminar da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), foram registrados 197 óbitos em 2019 - menor número desde 2000, quando os dados passaram a ser sistematizados. Motoristas de motocicletas são as principais vítimas de acidentes de trânsito (44,2%), seguidos de pedestres (40,6%), ciclistas (10,7%) e ocupantes de veículos com quatro rodas (4,6%).
O prefeito Roberto Cláudio afirmou, em coletiva na manhã desta quinta-feira, 16, que a redução é resultado da decisão de tratar a segurança viária como uma política de saúde pública. Ele ponderou que os acidentes no trânsito são responsáveis por boa parte da morte de jovens e um volume significativo de sequelas temporárias e definitivas.
"Para fazer isso temos nos baseado em uma forte base científica com dados que a gente gerou. Isso acontece em virtude de conjunto muito abrangente de intervenções. Entre elas, novas ações de fiscalização, campanhas educativas e mudanças na engenharia de tráfego de vias que costumeiramente tinham muitos acidentes", argumentou o prefeito.
O chefe do Executivo municipal ainda criticou a decisão do governo Bolsonaro de retirar os sensores nas vias federais. Segundo ele, a redução de mortes teria sido ainda maior se não fosse pela retirada. Ele ainda divulga que irá palestrar em uma conferência da ONU em Estocolmo para apresentar o caso de mobilidade de Fortaleza.
Em nota, o superintendente da AMC, Arcelino Lima, disse que a melhora na prevenção de mortes está nas ações desenvolvidas pela prefeitura. Ele destaca a ampliação da rede cicloviária, instalação de travessias elevadas, faixas em diagonal, binários para reorganização do trânsito e campanhas educativas como medidas efetivas.
Plano de Segurança Viária
Até o fim da gestão, a prefeitura deve enviar um projeto de lei para a Câmara de Vereadores para definir um Plano de Segurança Viária. De acordo com o secretário-executivo da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), Luiz Alberto Sabóia, a intenção é deixar um legado para que os próximos gestores da Capital possam continuar os investimentos em segurança viária de forma direcionada.
Sabóia pontuou que o desenvolvimento do Plano envolve diversas vertentes, como a definição da forma com que a fiscalização e as campanhas educativas devem ser feitas, além da destinação de recurso público para isso. O projeto ainda tratará do desenho urbano da Cidade, considerando o que deve ser feito em relação à rede cicloviária, por exemplo.
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