Após protestos, cerimônia de colação de grau da UFC é encurtada
Em nota, a UFC chamou a manifestação de "atitude inconsequente" e atribuiu a um grupo formado por professores e "pessoas estranhas à própria comunidade acadêmica" a responsabilidade do atoA segunda noite de colação de grau da Universidade Federal do Ceará (UFC), nesta quarta-feira, 15, passou, assim como no dia anterior, por protestos contra o reitor da instituição, Cândido Albuquerque. Realizada na Concha Acústica, a solenidade foi encurtada.
Em nota, a UFC chamou a manifestação de "atitude inconsequente" e atribuiu a um grupo formado por professores e "pessoas estranhas à própria comunidade acadêmica" a responsabilidade do ato. Afirmou ainda que o ato " comprometeu e abreviou, de maneira sensível, a tradicional execução do evento". Além disso, ressaltou que as "transgressões ritualísticas, de natureza incompatível com a cerimônia" colocaram em risco a segurança tanto das pessoas quanto da solenidade.
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A universidade lamentou o acontecimento e informou que tomará medidas para identificar os autores e responsabiliza-los.
Segundo uma fonte que estava no local, a solenidade durou por volta de dez minutos. Ainda de acordo com a fonte, as luzes foram apagadas e os presentes foram pegos de surpresa pelo encurtamento da cerimônia.
Na noite desta quarta, os concludentes dos cursos ofertados pelos Centro de Ciências, Centro de Tecnologia e Centro de Ciências Agrárias, professores, familiares e amigos estavam presentes para a colação de grau dos alunos formados no semestre 2019.2
Em nota, o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (Adufc), informou que o cerimonial da colação de grau já havia comunicado às autoridades universitárias sobre a redução de tempo do ritual. O sindicato se referiu à nota da Universidade Federal do Ceará como uma "fraude". Nela, a administração superior da UFC disse que o tempo da colação teria sido reduzido por conta dos protestos dos estudantes.
"O conteúdo dessa nota é gravíssimo. A “Administração Superior”, seja lá quem estiver por trás dessa denominação, está utilizando a estrutura institucional de comunicação da Universidade Federal do Ceará para enganar a comunidade universitária e a sociedade em geral". Segundo Adufc, a nota é mais uma clara tentativa de deslegitimar professores, professoras e o próprio movimento estudantil, diante da sociedade.
No fim do texto, o sindicato ainda alertou que "violações de direitos humanos podem estar em vias de ocorrer na UFC."
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