Bicicletar é atingido por ataque cibernético criminoso e apresenta instabilidade desde sexta-feira
Os servidores computacionais da empresa responsável pelo sistema estão sendo restaurados e reconfigurados, podendo ocorrer alguma lentidão ou falha no acesso durante esse processo. Não há previsão para normalização do serviço
14:09 | Dez. 09, 2019
A empresa responsável pelo sistema de bicicletas compartilhadas de Fortaleza, Bicicletar, sofreu ataque cibernético criminoso na última sexta-feira, 6, ocasionando a indisponibilidade dos seus servidores e do sistema de compartilhamento. Não houve nenhuma perda ou vazamento de dados.
Para a correção do problema e restabelecimento do sistema, os servidores computacionais da empresa estão sendo restaurados e reconfigurados, podendo ocorrer alguma lentidão ou falha no acesso durante esse processo, de acordo com nota divulgada pela Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP), órgão responsável pelo funcionamento do Bicicletar.
A empresa ainda tomou as medidas necessárias para apurar os fatos e reforçou os mecanismos de segurança para garantir a integridade dos seus sistemas e evitar que novos incidentes desse tipo voltem a ocorrer. Não há previsão para a normalização do sistema.
A estudante Rennata Ferreira, 22, desistiu de usar os serviços quando recebeu a notificação do sistema que alertava para a instabilidade. Ela costuma usar o Bicicletar para realizar seus trajetos diários e, além desse erro recente, enfrenta problemas com falta de manutenção das bicicletas e com a recorrência de estações vazias ou inativas.
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“Sempre tem um problema: pneu furado, marcha quebrada, o sistema dá uma pane... E isso acontece em mais de uma estação, eu recorro a pelo menos três estações no Benfica, onde eu pego a bicicleta na maioria dos casos, e todas têm problemas”, pontua.
Nesta manhã, por volta de 10 horas, somente cinco das 80 estações do sistema estavam funcionando normalmente, de acordo com informações do aplicativo para o usuário. O site do serviço também estava fora do ar.
De acordo com dados da plataforma Trends, que registra o volume de pesquisas dos usuários no buscador do Google, o termo “Bicicletar” alcançou o pico da popularidade na manhã desse domingo, 8. O período é tradicionalmente marcado pela “Ciclofaixa do Lazer”, projeto da Prefeitura que isola faixas comuns de ruas da Capital com cones de sinalização.
Leia a íntegra da nota divulgada pela Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP):
A Secretaria Municipal da Conservação e Serviços Públicos (SCSP) informa que, na última sexta-feira (06/12), a Serttel, empresa responsável pela operação do sistema de bicicletas compartilhadas de Fortaleza, sofreu ataque cibernético criminoso, ocasionando a indisponibilidade dos seus servidores e do sistema de compartilhamento.
Para a correção do problema e restabelecimento do sistema, os servidores computacionais da empresa estão sendo restaurados e reconfigurados, podendo ocorrer alguma lentidão ou falha no acesso durante esse processo. A empresa tomou as medidas necessárias para apurar os fatos e reforçou os mecanismos de segurança para garantir a integridade dos seus sistemas e evitar que novos incidentes desse tipo voltem a ocorrer. Não houve nenhuma perda ou vazamento de dados.
O Sistema Bicicletar já ultrapassou a marca de 2,8 milhões de viagens na cidade, o que garantiu que a Cidade deixasse de emitir mais de 1.100 toneladas de gás carbônico na atmosfera com a utilização das bicicletas compartilhadas. O Bicicletar conta, hoje, com 80 estações de bicicletas compartilhadas, com previsão de que haja um total de 210 estações até o final de 2020. O sistema de Fortaleza é, atualmente, o mais utilizado no Brasil, tendo recebido mais de 220 mil cadastros de usuários, dos quais 91% utilizam o Bicicletar por meio do Bilhete Único.