Tribunal de Ética da OAB afasta advogada suspeita de negociar cocaína via WhatsApp

Elisângela Mororó foi afastada por 12 meses. Decisão foi tomada pelo presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-CE

17:00 | Nov. 14, 2019

Elisângela Maria Mororó foi detida na última quarta-feira, 13, na zona rural de Catarina (foto: REPRODUÇÃO FACEBOOK)

Matéria atualizada sexta-feira, 15, às 12h06min

Após a prisão da advogada Elisângela Mororó, na última quarta-feira, 13, o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Secção Ceará), Josué Lima, decidiu, monocraticamente, suspender Elisângela por 12 meses do exercício da profissão. Ela foi presa mediante cumprimento de mandado de prisão expedido pela Justiça. 

Na próxima terça-feira, dia 19, os conselheiros do Tribunal de Ética da OAB-CE se reunirão em sessão do Pleno do órgão, para avaliar a decisão do presidente Josué Lima. Poderão ratificar ou derrubar a medida,q que já está vigente. Neste período de suspensão, Elisângela fica impedida de atuar em qualquer medida ligada à advocacia, sob pena de risco de exclusão dos quadros da entidade.

Conversas de WhatsApp entre Elisângela e um criminoso mostravam que a advogada negociava cocaína. Elisângela foi presa na zona rural de Catarina e encaminhada à Delegacia do Crato. Além de Elisângela, mais dois homens suspeitos de integrar uma organização criminosa foram presos. Os três estavam em uma residência e, no momento da abordagem, a Polícia encontrou cocaína, uma pistola com numeração raspada e dois automóveis.  

A decisão pela prisão de Elisângela já havia sido comentada pelo presidente da OAB, Erinaldo Dantas, durante um evento. Na ocasião, a OAB-CE se posicionou afirmando que casos envolvendo advogados criminalistas são fatos isolados e não devem ser utilizando para ofender os profissionais da advocacia. 

O POVO errou ao informar, anteriormente, que a suspensão havia sido decidida pelo presidente da OAB-CE, Erinaldo Dantas.

(Colaborou Cláudio Ribeiro)