Acusado de matar Jamile não comparece à reconstituição do caso; família pede justiça

A reconstituição da morte de Jamile está sendo feita na noite desta quinta-feira, 31, em prédio onde o caso ocorreu, no bairro Meireles. A previsão é que acabe por volta de 1h desta sexta-feira, 1º. O advogado Aldemir Pessoa Júnior, acusado de matar a empresária Jamile de Oliveira Correia, não compareceu à reconstituição do caso.

Familiares chegaram ao local por volta de 20h30min e clamavam por justiça. Ao O POVO, a prima Eloina Chaves, de 53 anos, acredita que o acusado deveria comparecer para falar o que realmente aconteceu. “Se ele não tem nada a temer, não tinha porque não vir”. Por conhecer a índole da prima, Eloina acredita que não houve suicídio. “Ela era uma pessoa que não fazia mal a ninguém, que ajudava todo mundo. Não tem porque ela ter tirado a própria vida”

De acordo com Eloina, Aldemir não procurou conhecer a família da namorada enquanto estavam juntos. “Quem se envolve contigo vai querer saber quem é a família, se ele não procurou é porque não queria saber quem é”. Ainda segundo a prima de Jamile, nem mesmo amigos e parentes conseguem afirmar o tipo de envolvimento que Aldemir tinha com ela. “Eu particularmente sei nem se ele tinha esse envolvimento que ele disse que tem. Os amigos, as pessoas, não podem dizer”.

Itala Jesuma, 63, amiga de longa data, não via Jamile há 5 meses e por isso não pôde perceber sinais de violência doméstica na vítima, mas declara que uma outra amiga de Jamile notou “manchas esquisitas”. Por a empresária frequentar academia, ela acreditou tratar-se de uma pancada nos aparelhos.

Itala pediu que justiça fosse feita e que o acusado fosse preso. “Talvez seja até melhor que ele não venha, porque assim ele vai deixar a criança [filho de Jamile] menos coagida. [...] Ele tá pensando que fez uma coisa boa pra ele [Aldemir]. Não. Fez uma coisa maravilhosa para nós e para o filho, porque ele vai para a cadeia”.

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