Corpo de Bombeiros diz que não precisa de insumos e doações podem ir para voluntários
Comandante da operação de resgate afirma que as contribuições geraram "dificuldade de gerenciar" produtos doados
11:51 | Out. 17, 2019
A onda de apoio popular tem se intensificado após dois dias de operação de resgate das vítimas do desabamento do Edifício Andréa, no bairro Dionísio Torres, em Fortaleza. O Corpo de Bombeiros Militar do Ceará se pronunciou oficialmente nesta quinta-feira, 17, e diz já ter recebido grande volume de contribuições.
"O Corpo de Bombeiros agradece imensamente a todas as pessoas e instituições que têm colaborado para o trabalho de buscas no Edifício Andréa com a doação de mantimentos destinados às equipes que atuam no local", diz nota. "Cada contribuição foi de grande valia para assegurar as melhores condições de trabalho aos bombeiros que já atuam há mais de 35 horas no local".
Considerando o volume de doações recebidos até a madrugada desta quinta, o Corpo de Bombeiros solicita que novas contribuições, "como baldes, óculos de proteção e luva industrial" sejam feitas somente mediante contato prévio com o setor dos Bombeiros responsável pelo recebimento no cenário das operações. E reforça: "Não há necessidade das doações para o momento".
De acordo com o coronel Eduardo Holanda, comandante responsável pela operação de resgate, o Corpo de Bombeiros conta com todos os equipamentos de proteção individual para as equipes trabalharem. "O governador do Estado nos autorizou, inclusive, se precisasse adquirir (equipamentos) de forma emergencial. Não foi o caso", afirmou.
"Nós entendemos o afã da população, mas hoje essas doações podem acontecer para os voluntários no entorno da operação, que atuam no acolhimento aos familiares das vítimas e aos bombeiros que atuam no local. Tá criando uma série de dificuldade de logística porque as pessoas nesse afã de ajudar, trazem tudo e a gente fica com essa dificuldade de gerenciar", conclui.
Voluntários
Secretária Municipal da Saúde, Joana Maciel destaca que grupos voluntários trabalham no local coordenados pelo Corpo de Bombeiros. Há dois grupos da Saúde no local: um posto médico avaçando do Samu com médico, emergencista, enfermeiro e técnico de enfermagem; a outra com grupo de psicólogos e psiquiatras em escala das 8 horas da manhã à 1 hora da madrugada.
"Também temos contado com muitas equipes voluntárias de fisioterapeutas que têm trabalhado não só no suporte às famílias, mas pessoas na operação. São voluntários coordenados peo Corpo de Bombeiros, equipes de Psicologia da Unifor, UFC", explica. "São equipes que também dão suporte aos profissionais da operação caso necessário".