Prédio que desabou tinha 38 anos, segundo dados municipais
Data da construção é de 1981 e inscrição cartorial foi feita no ano seguinte. Depreciação do edifício Andréa estava em 35%, índice que também serve de base para apontar a idade do imóvelO edifício Andréa, que desabou na manhã de terça-feira, 15, no bairro Dionísio Torres, permaneceu de pé por pelo menos 38 anos. A idade do prédio não foi repassada por nenhuma autoridade municipal até esta quarta-feira, um dia após a tragédia, mas a informação consta em registros cadastrais da Secretaria de Finanças que O POVO Online teve acesso.
A "data de construção" anotada no documento é "01/01/1981". A inscrição cartorial do imóvel foi liberada no ano seguinte, 1982. Estava sob o número 22.738, no 1º Ofício de Registro de Imóveis. Um dos itens que confirma a idade aproximada do imóvel é o índice de depreciação, que estava atualmente em 35%. O índice é usado como base do Código Tributário.
O prédio tinha sete andares e os dados obtidos são referentes a um dos 13 apartamentos - dois por andar mais a cobertura - que agora estão sob os escombros. O Andréa ocupava uma área de 681 metros quadrados, com 195,5 metros quadrados de edificação. Tinha elevador e piscina e uso somente residencial.
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Na terça-feira, um dos vídeos que se espalharam pelas redes sociais mostrou as vigas de sustentação do edifício com a ferragem exposta. Também rachaduras e trincas que seriam consertadas. A obra de reforma havia começado alguns dias antes.
O registro do serviço no edifício Andréa foi feito no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-CE) somente na segunda-feira. O engenheiro que assinou a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) foi José Andreson Gonzaga dos Santos - que ainda não se pronunciou publicamente a respeito.
O desgaste do imóvel já estava sob atenção dos condôminos, que se reuniram cerca de um mês atrás e acertaram a reforma. O valor do trabalho ficou em R$ 22.200,00. Seria pago em cinco parcelas. (Colaborou Walber Freitas)
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