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Reforma do prédio que desabou custaria R$ 23 mil, diz moradora

Nervosa, ela pediu para não ser identificada, mas confirmou que o acerto da obra foi definido recentemente na reunião de condomínio

Há cerca de um mês, uma reunião de condôminos do edifício Andréa, no bairro Dionísio Torres, definiu que a estrutura do imóvel precisava ser reformada. Foi levantado um orçamento de R$ 23 mil para o trabalho de recuperação. O que mais preocupava era justamente a sustentação do prédio, que desabou na manhã desta terça-feira.

Um vídeo que circulou nas redes sociais, logo após a ocorrência, mostrava que, no estacionamento, as colunas apresentavam trincas e rachaduras. E partes com a ferragem exposta. A situação não seria nova e os moradores mostravam-se apreensivos com um risco maior. Na reunião, a maioria concordou e foi acertado que o valor da reforma seria pago em cinco parcelas.

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O POVO Online localizou uma moradora do prédio que, bastante nervosa, pediu para não ter o nome publicado. Ela estava no trabalho, por volta das 10h30min, quando recebeu a notícia da tragédia. Ela morava no edifício com a filha de 22 anos, estudante de Psicologia. As duas saíram cedo de casa para suas atividades e só retornariam no fim do dia.

O edifício Andréa, segundo ela, era um prédio residencial de sete andares. Tinha dois apartamentos por andar. O sétimo andar era a cobertura do imóvel. Estava na esquina das ruas Tibúrcio Cavalcante com Tomás Acioly há cerca de 40 anos.

Choro ao lembrar de vizinhos

Perguntada sobre outros ocupantes do edifício, a moradora tentou lembrar de nomes - admitiu que estava nervosa e que teria dificuldades. "Lá morava mais era pessoa idosa. Olhe, lembro da síndica, dona Graça. É do quinto andar. Lembro do seu Vicente, também do quinto. Ele é médico aposentado. Lembro do Paulo e a esposa, no primeiro andar", foi citando.

Emocionou-se ao falar dos vizinhos, mas não sabia como estavam. Mas continuou: "O zelador era o seu Francisco. Ele só trabalhava de dia. À noite era segurança virtual". Até o início da tarde, o trabalho de resgate prosseguia. 

Apesar de todo o transtorno durante a manhã, com a notícia do desabamento, a moradora optou por permanecer em sua distribuidora de água, no bairro São João do Tauape. Chegou a interromper a entrevista para dar atenção rapidamente a um cliente.

"Sou do Shalom, confio na providência de Deus. Já ganhei rede, lençol, toalha. Eu e minha filha já temos muitos lugares para dormir. Deus é que cuida, meu filho. Confio na providência de Deus", afirmou. Muito abalada pela situação, pediu para interromper e desligou.

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