Presidente da OAB-CE pede que não usem "fatos isolados" com facções para ofender advogados criminalistas

O presidente da Ordem dos Advogados do Ceará (OAB-CE), Erinaldo Dantas, afirmou que a preocupação da entidade é que não sejam usados "fatos isolados" para ofender a imagem dos advogados criminalistas. Confirmadas pelo próprio presidente, durante reunião do Ceará Pacífico na semana passada, mais duas ordens de prisões contra advogados suspeitos de envolvimento com facções foram registradas no Ceará neste mês - um deles por suspeita de repassar bilhetes entre líderes de organização criminosa.

Em entrevista ao O POVO Online, Erinaldo Dantas pede que essas notícias não se tornem ações para restringir direitos constitucionais consagrados e ofender a imagem de advogados criminalistas que prestam um serviço social fundamental. "Imagine um parente seu, pai, mãe, filho, sendo preso injustamente e somente um advogado poderá ajudar. E se impedirem ele de trabalhar?", indaga.

Ele afirma que a intenção da manifestação no Ceará Pacífico foi citar os casos envolvendo advogados para pedir que não generalizem essas situações. "Colocar que os fins justificam os meios, defender que pode haver estado de exceção, é voltarmos aos tempos do nazismo. Os fins não justificam os meios", finalizou.

Em meio a onda de ataques criminosos realizados pelas facções, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) afirmou que os celulares em presídios são exceção e que as ordens dos ataques foram mediadas por familiares ou advogados. O secretário da Segurança, André Costa, reafirmou a conclusão do MPCE.

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