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Eleitores denunciam problemas com votação para Conselho Tutelar em Fortaleza

Zonas inexistentes, problemas na votação, seções misturadas e negligência por parte dos fiscais são alguns dos problemas relatados
13:01 | Out. 06, 2019
Autor Natália Coelho ESPECIAL PARA O POVO
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Natália Coelho ESPECIAL PARA O POVO Autor
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Tipo Notícia

Eleitores que foram neste domingo, 6, para as urnas votar para os membros do Conselho Tutelar de Fortaleza se depararam com vários problemas e supostas irregularidades. Zonas inexistentes, problemas na votação, seções misturadas e negligência por parte dos fiscais, além de poucas escolas para a votação, são algumas das denúncias apuradas pelo O POVO Online.

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Outra denúncia é que pessoas que fizeram a biometria - ação obrigatória para votação - há menos de três meses não estão constando como registrado no sistema.

O POVO Online tentou ligar para o disque eleitor 148 pelo menos 20 vezes durante a manhã deste domingo, mas o número dá ocupado ou sem resposta. Também se tentou o número do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Fortaleza (Comdica) (3101 2696), mas também não obteve resposta.

Segundo a moradora Fátima Santos, que já passou por três escolas e ainda não conseguiu votar, são diversas pessoas que desistem da votação pela dificuldade. “São filas enormes e quando finalmente é sua vez, seu nome não consta na seção. E os fiscais estimulam a desistir do voto. Dizem que ‘se não der certo, pode voltar para casa, porque a eleição não é obrigatória”, relata.

A estudante de Arquitetura e Urbanismo, Letícia Guerra, conta que quando chegou na seção indicada, seu nome não constava no sistema. “Fiquei muito frustrada. Queria dar minha contribuição e não deu certo. Achei muitas dificuldades, tanto de acessar o sistema, quanto de receber a informação errada. Acabei nem votando e acho que não vou votar mais”.

O POVO apurou problemas nas escolas municipais: Delma Hermínia da Silva Pereira, Bárbara Alencar, Professor Francisco de Melo Jaborandi, Girão Barroso, José Dias Macêdo, entre outras.

TRE-CE

Em nota, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) informou que as eleições para Conselho Tutelar são de competência dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente, que instituem comissões eleitorais para condução dos trabalhos. "A Justiça Eleitoral contribui com o processo por meio do serviço de empréstimo de urnas eletrônicas", disse.

Conforme o TRE-CE, as próprias comissões eleitorais repassam os dados ao órgão. "A distribuição dos eleitores é feita por essa comissão, que promove grandes agregações, para diminuir a quantidade de seções. Essa decisão é das comissões eleitorais. O TRE não tem nenhuma ingerência na distribuição do eleitorado. Recebemos as agregações e fazemos exatamente como são solicitadas. Colocamos quantas urnas o conselho municipal decidir", informou.

A nota ainda indica que as comissões de todos os 184 municípios receberam treinamento, em Fortaleza, pelo TRE e, nessa ocasião, foi informado que podem ser inseridos até cinco mil eleitores por seção. "Mas cabe à comissão verificar, de acordo com o comparecimento na última eleição de 2015, a quantidade mais adequada para cada seção", pondera.

"Outro ponto a ser esclarecido é a reclamação de alguns eleitores por não estarem nas folhas de votação. Esse fato deve-se à data de importação dos dados dos eleitores, que aqui em Fortaleza, foi no último dia 6 de agosto. Se, por exemplo, o eleitor era residente num município e, depois dessa data, fez a transferência para Fortaleza, o seu nome está no município anterior. Uma ocorrência comum é de eleitores jovens que tiraram o título depois de 6 de agosto. Os seus nomes não constarão em nenhum caderno de votação", continua.

Sobre às substituições das urnas que apresentaram defeitos, o TRE reforçou que as trocas ocorreram dentro da normalidade e a votação foi restabelecida com a máxima brevidade. O tribunal divulgará o total de substituições em todo o estado quando os dados forem consolidados.

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